O nível do rio Negro atingiu 28,96 m na última quarta-feira, o que levou a prefeitura a decretar situação de emergência em Manaus (AM)
Foto: Clóvis Miranda/Defesa Civil/Divulgação
Foto: Clóvis Miranda/Defesa Civil/Divulgação
A Prefeitura de Manaus decretou situação de emergência no final da tarde desta sexta-feira em função das cheias que atingem o município. O documento autoriza a subsecretaria municipal da Defesa Civil a executar o Plano Emergencial de Resposta aos Desastres.
O principal motivo da medida foi o aumento do nível das águas do rio Negro. O índice, que atingiu 28,96 m na última quarta-feira, foi considerado fator de emergência para as áreas ribeirinhas da cidade. Pelo levantamento de prefeitura, se o rio continuar a subir pela média atual, cerca de 7 cm por dia, mais de 3,6 mil famílias sofrerão com a enchente. Pelo menos 11 bairros terão áreas alagadas, somando cerca de 18,3 mil pessoas prejudicadas. O total estimado de casas alagadas seria de 3.468.
O Plano Emergencial de Resposta aos Desastres prevê obras como construção de pontes de madeira, ações básicas de saúde - com a distribuição de medicamentos e cartilhas - e a concessão do Cartão-Enchente, no valor de cerca de R$ 400, para as pessoas cadastradas e comprovadamente prejudicadas pelas enchentes.
Com a medida tomada por Manaus, sobre para 14 o número de municípios do Amazonas que decretaram situação de emergência em função da cheia deste ano. De acordo com dados da Defesa Civil do Estado, 43,3 mil famílias já sofrem algum tipo de prejuízo com a elevação do nível das águas. As cheias dos rios Juruá e Purus são as que mais afetam a população do Amazonas.
A ajuda humanitária que está sendo enviada para as regiões mais prejudicadas já supera as 100 t, entre kits de higiene pessoal, medicamentos, filtros microbiológicos e hipoclorito de sódio. O montante de recursos do Governo Federal para o Estado ultrapassou os R$ 10,5 milhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário