Cinco pessoas continuam desaparecidas.
Foi identificada, na noite desta sexta-feira (3), a 16ª vítima do desabamento de prédios no Centro do Rio de Janeiro, através de exame de DNA. De acordo com a Polícia Civil, o corpo de Bruno Charles Guitahy foi o primeiro a ser identificado por DNA.
Desde o dia 25 de janeiro, quando os três prédios ruíram na Rua Treze de Mario, bombeiros resgataram 17 corpos. Um corpo sem identificação de sexo ainda não foi reconhecido por familiares ou por DNA.
As equipes de trabalham com o número decinco pessoas desaparecidas.
Vistorias
A Defesa Civil registrou crescimento de 290% no número de chamados para vistorias no Rio de Janeiro, em relação ao mesmo período do ano passado. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ), que costumava receber cerca de quatro denúncias por dia, agora atende a uma média de 67 ligações.
O engenheiro da Defesa Civil, Luiz André Moreira Alves, explicou que a maioria dos prédios vistoriados não apresenta risco.
“Noventa por cento dessas vistorias qeu nós temos feito não há indicio de risco. Os outros 10% denotam necessidade de conservação, mas a gente não atestou nenhuma ainda com a necessidade de interdição e evacuação de uma dessas edificações que as pessoas tenham solicitado vistoria”, comentou o engenheiro.
Diretor e testemunha depõem
Na quinta-feira (2), o diretor da empresa de tecnologia TO, que fazia obras em alguns andares do Edifício Liberdade, prestou depoimento à polícia por mais de quatro horas. Sérgio Alves foi ouvido na 5ª DP (Mem de Sá) e voltou a dizer que as reformas de sua empresa não afetaram a estrutura do prédio.
“Eu estou convicto de que as nossas reformas não afetaram a estrutura do prédio. Estou convicto disso, não tenho dúvidas”, falou Alves.
No mesmo dia, a polícia ouviu o depoimento de uma testemunha que pode ajudar nas investigações das causas do desabamento dos prédios . O supervisor de vendas Otoniel Bonfim estava na janela da empresa onde trabalha quando viu o princípio do desmoronamento.
"Quando eu abri a cortina, eu vi que tinha caído uma parede ali do prédio na calçada do lado de lá e as pessoas estavam gritando, aí quando eu olhei para cima do prédio, tinha um buraco da parede que caiu. Aí de repente, a laje partiu e o prédio começou a desabar e foi afundando tudo", explicou Otoniel.
Vídeo mostra as obras
Outra ajuda para esclarecer as causas do desabamento pode vir do vídeo que mostra as obras do 9º andar da empresa TO, divulgado pelo Polícia Civil na quarta-feira (1º). Segundo os investigadores, além do grande volume de material de construção e de entulho, há evidências de que uma viga que fazia parte da estrutura do prédio foi modificada pelos pedreiros.
Missa emociona parentes
Na quinta-feira (2), foi celebrada missa de sétimo dia pelo Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, na Catedral de São Sebastião, em homenagem às vítimas da tragédia.
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