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A promotora Rosana Colletta, que ouviu na manhã de hoje o adolescente, diante dos pais e advogado, disse que não poderia dar maiores detalhes sobre a oitiva, por se tratar de caso sigiloso. Mas afirmou que “ele não negou os fatos” e declarou que foi autorizado por um adulto a andar no jet ski. “A versão dele é praticamente igual à das testemunhas ouvidas na delegacia. Ele declarou que somente deu a partida no jet ski e assumiu que estava na praia na hora do acidente”.
O menor e seus pais chegaram pelos fundos do prédio, em um carro com os vidros escuros e placas de Mogi das Cruzes. A polícia também ouviu mais três testemunhas que estavam na Praia de Guaratuba na hora do acidente. Eram três turistas - de Mogi das Cruzes, Hortolândia e São Bernardo do Campo.
Segundo o advogado da família de Grazielly, José Beraldo, uma das testemunhas disse ter visto um homem levando o jet ski até a praia, trafegando em um quadriciclo de cor vermelha, com um reboque que transportava o aparelho. O homem, segundo Beraldo, seria o caseiro Erivaldo Augusto Cardoso. Ainda segundo a testemunha, identificada como Daniele Cristina, o homem teria retornado ao condomínio de luxo, deixando V. e outro adolescente com o jet ski.
Beraldo afirmou que uma segunda testemunha disse que estava na praia com sua filha, também de 3 anos, quando viu três pessoas levando o jet ski até o mar. Dois adolescentes subiram no aparelho e aceleraram. A embarcação teria “empinado” e eles caíram. Nesse momento, o jet ski seguiu desgovernado, atingindo Grazielly.
Até esta sexta-feira, oito testemunhas haviam prestado depoimento. Os pais de Grazielly e dois tios prestaram as declarações na manhã de quinta, mesmo dia marcado para o depoimento do adolescente, que acabou não comparecendo - seu advogado, Maurimar Chiasso, desmarcou a oitiva temendo a assédio da imprensa e de populares.
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