quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Funcionários dizem ter avisado supervisor de problema em parque


SÃO PAULO - Dois funcionários do parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo, no interior de São Paulo, afirmaram à polícia, em depoimento, que o brinquedo La Torre Eiffel, conhecido como elevador, apresentava um defeito e não poderia operar. Segundo o advogado dos trabalhadores, os supervisores ignoraram o alerta, dado antes da morte da adolescente Gabriela Yukay Nyshymura, de 14 anos, na última sexta-feira. Os pais da garota também prestaram depoimento à polícia hoje. Eles disseram que a cadeira que a menina estava, na ponta, é diferente da periciada duas vezes pela Polícia Científica.

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O parque divulgou uma nova nota nesta quarta-feira reafirmando que colabora com as investigações. "Em relação aos novos fatos, o parque reitera veementemente a cooperação absoluta com todos os órgãos responsáveis na apuração definitiva deste caso", diz o texto.

Na segunda-feira, o promotor de Justiça de Vinhedo Rogério Sanches disse que houve negligência humana - ou por parte do operador do brinquedo ou por parte da equipe que o inspeciona - no acidente que matou Gabriela. Na ocasião, Sanches esteve no parque acompanhando a perícia realizada no brinquedo La Torre Eiffel, de onde a adolescente caiu de uma altura de aproximadamente 30 metros.

Na sexta-feira, após uma primeira visita ao parque, o delegado Álvaro Santucci Júnior disse que uma falha mecânica era a principal linha de investigação da polícia para o acidente.

- A visita foi essencial, para entendermos o funcionamento do brinquedo. Estamos cogitando várias possibilidades para o acidente, algumas criminosas. O procedimento é complexo, mas a negligência, pelo menos do ponto de vista do Ministério Público, parece evidente. Agora, quem foi negligente, qual é a negligência, e qual foi o grau de negligência, tudo isso vai ser analisado na investigação policial que o Ministério Público vai acompanhar - disse o promotor de Justiça, na ocasião.

O perito criminal Nelson Roberto Patrocínio disse, também na segunda-feira, que a versão de negligência humana fica mais evidente, já que os trabalhos da perícia não apontaram problemas no equipamento de segurança e na cadeirinha onde estava Gabriela.

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