Representantes do movimento Primavera da Saúde se reuniram diante do Palácio do Planalto
Foto: Elio Rizzo/Futura Press
"Estamos com flores para levar à presidenta (Dilma Rousseff), dizendo que a sociedade brasileira compreende e está se somando a esse esforço de encontrar uma solução para o problema do subfinanciamento da saúde", destaca o conselheiro e representante da Federação Nacional dos Farmacêuticos, Ronald Ferreira dos Santos. Ele é um dos que participariam do abraço simbólico no Palácio do Planalto.
Segundo Santos, há praticamente um consenso entre os atores sociais de que a saúde é uma das principais áreas problemáticas no país atualmente. Para ele, a regulamentação da Emenda 29, aprovada na semana passada na Câmara, servirá como uma oportunidade de apresentar uma solução concreta para a atual situação.
"Do orçamento federal de mais de R$ 1 trilhão, 3,9% vão para a saúde, enquanto para o sistema financeiro, para a amortização da dívida e para o pagamento de juros, são 44%. Há várias possibilidades (de financiamento para a saúde), mas que dependem de vontade política", afirma.
O conselheiro e diretor da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Pedro Tourinho, diz que é preciso sensibilizar os governantes brasileiros em relação à necessidade de melhorias na saúde pública.
"O SUS conta com menos de R$ 2 por dia por habitante para garantir saúde a todos os cidadãos. Uma internação sozinha custa mais de R$ 3 mil por dia. A gente olha e sabe que há problemas graves de gestão mas, se tivéssemos a melhor gestão do mundo, com o dinheiro que temos, não daríamos conta, não seria suficiente", diz.
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