terça-feira, 5 de junho de 2018

Defesa de Lula apresenta novos pedidos de liberdade no STF e no STJ


A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou nesta 
terça-feira (5) dois novos pedidos, ao Supremo Tribunal Federal
 (STF) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), com objetivo de
 suspender a prisão que ele cumpre pela condenação no caso 
do triplex em Guarujá (SP).
Os pedidos buscam dar efeito suspensivo dentro de recursos já 
apresentados pela defesa contra a decisão do Tribunal Regional
 Federal da 4ª Região (TRF-4) que confirmou a condenação do
 petista na Operação Lava Jato e elevou a pena para 12 anos e
 1 mês de prisão.
Nos pedidos, a defesa reitera argumentos já apresentados ao
 próprio TRF-4 que apontam supostas irregularidades no 
processo,
 como incompetência de Sérgio Moro para analisar o caso, 
falta de imparcialidade no julgamento e de isenção por parte 
dos procuradores do Ministério Público.
No STF, o pedido de Lula será analisado pelo ministro Edson Fachin
 e no STJ por Félix Fischer. Relatores da Lava Jato nos tribunais 
superiores, ambos já negaram outros pedidos para suspender a 
prisão do ex-presidente no caso.
No novo pedido de liberdade, os advogados de Lula alegam que a 
soltura "não causará nenhum dano à Justiça Pública ou à
 sociedade" e que a manutenção dele na cadeia causa "lesão grave 
de difícil reparação".
"Trata-se de pré-candidato à Presidência da República que, além de
 ver sua liberdade tolhida indevidamente, corre sérios riscos de ter, 
da mesma forma, seus direitos políticos indevidamente cerceados, o
 que, em vista do processo eleitoral em curso, mostra-se gravíssimo e irreversível", diz a peça apresentada ao STF.
Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula está 
preso desde 7 de abril na sede da Polícia Federal em Curitiba.
O pedido foi feito ao Supremo porque o TRF-4 ainda não decidiu 
definitivamente sobre efeito suspensivo dos recursos apresentados 
pela defesa às instâncias superiores -- cabe ao tribunal remeter os 
recursos ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo.
A defesa argumenta ainda que Lula participa da vida pública no país
 há 40 anos e que deixou a Presidência em 2010, após dois mandatos,
 "com recorde de avaliação positiva em decorrência da implantação 
de políticas públicas que elevaram sobremaneira a respeitabilidade do 
país no cenário internacional e, no âmbito nacional, promoveram a 
maior transformação social e econômica".

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