terça-feira, 22 de março de 2016

Explosões deixam mortos e feridos em dois pontos de Bruxelas











O terror voltou a atacar a Europa. Quatro meses depois dos atentados de Paris, foi a vez de Bruxelas - a sede da União Europeia. Até o momento, as autoridades confirmaram a morte de 31 pessoas. São 250 feridos. A correspondente Bianca Rothier, da Globonews, está na capital belga e mostra como foram as três explosões.
Uma voz grita pela mãe. Eram 8h pelo horário de Bruxelas, 4h no Brasil. Uma nuvem de fumaça e poeira invade a área de embarque do principal terminal do Aeroporto Internacional de Zaventem.

Os sobreviventes tentam se ajudar. É possível ver carrinhos de bebês vazios no que parece ser a fila de check-in. Quem consegue fugir relata os momentos de pânico. “Foi uma grande explosão, eu senti um choque”, conta um homem.

Do lado de fora, imagens gravadas por celular revelam o desespero dos passageiros. As explosões no aeroporto aconteceram na mesma área de embarque, praticamente simultâneas.

Um fuzil foi encontrado ao lado de um corpo. Testemunhas disseram que ouviram tiros e gritos em árabe antes das duas bombas.

“Tivemos que correr, todo mundo em pânico, eu só vi um pouco de fumaça, não sabia exatamente o que era, só pessoas feridas”, lembra um jovem.

Todos os voos foram cancelados. Uma terceira bomba foi encontrada no aeroporto. Os investigadores afirmam que outras explosões ouvidas depois foram bombas detonadas de forma controlada pelas forças de segurança.

O ex-jogador de basquete belga-brasileiro Sebastien Bellin está entre os feridos no aeroporto. Ele tem 37 anos e estava embarcando para os Estados Unidos. Foi levado pra um hospital, mas o estado de saúde dele não foi divulgado.

Uma hora e onze minutos depois, às 9h11 em Bruxelas, outra bomba foi detonada. Desta vez, no metrô, no horário de rush. A estação: Maelbeek, bem perto da sede da União Europeia.

O maior número de vítimas deste dia de horror na Bélgica foi lá. Seriam pelo menos 20 mortos. Um choro de uma criança na escuridão dos trilhos mostra o caos logo após a bomba ter sido detonada. Do lado de fora da estação dezenas de pessoas recebiam atendimento médico.
O governo pediu que as pessoas se comunicassem apenas por redes sociais e mensagens de texto. A rede telefônica ficou sobrecarregada.

Depois de cerca de 7 horas suspenso, o sistema de transporte público no centro de Bruxelas começou a ser retomado, aos poucos. Mas as autoridades belgas pedem que a população continue vigilante. O alerta está no nível 4 - o mais elevado.

O Rei Felipe fez um pronunciamento. Disse que os cidadãos vão "responder juntos, com firmeza, com calma e dignidade".

O primeiro ministro belga, Charles Michel, reconheceu: "Isso era o que temíamos. Um atentado cego e covarde". Mas declarou que o governo está determinado a defender liberdade.

A Bélgica decretou três dias de luto oficial. Mas os ataques desta terça-feira atingiram em cheio também o coração da União Europeia. As bandeiras do país e do bloco foram colocadas a meio mastro.

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