O grupo Estado Islâmico (EI) divulgou neste domingo (22) um vídeo no qual expõe em jaulas homens apresentados como peshmergas, com ameaças contra os combatentes curdos iraquianos que declararam guerra aos violentos jihadistas.
A notícia do vídeo, divulgada pelo centro americano de vigilância de sites islamita (SITE), recorda a do piloto jordaniano queimado vivo em uma jaula, segundo imagens divulgadas pelo grupo em 3 de fevereiro.
O vídeo divulgado neste domingo não mostra execuções mas os 21 reféns se apresentam como 16 peshmergas, dois oficiais do exército iraquiano e três policiais de Kirkuk, cidade que fica 240 km ao norte de Bagdá.
As imagens não mencionam local ou data, mas fontes curdas afirmaram à AFP que as cenas foram feitas há uma semana no principal mercado do distrito de Hawija, sob controle do EI, que fica a 50 km de Kirkuk.
A edição mostra os 21 reféns vestidos com o habitual macacão de cor laranja e de cabeça abaixada. Eles são levados para jaulas situadas em uma praça cercada de muros de cimento, diante de combatentes encapuzados do EI armados com pistolas.
Um homem de barba e turbante branco envia uma mensagem aos peshmergas, que segundo ele devem interromper os combates contra o EI.
"Em caso contrário, seu destino será como os destes, dentro das jaulas ou debaixo da terra", adverte.
Depois, os reféns, em jaulas, são transportados em veículos por uma rua, em meio a dezenas de habitantes e homens armados.
O vídeo não contém ameaças explícitas contra os reféns, mas estes são mostrados no fim de joelhos. Atrás deles, um homem encapuzado exibe uma arma.
As imagens estão misturadas com as da execução do piloto jordaniano Maaz al-Kasasbeh e as de 21 reféns coptas na Líbia, em 15 de fevereiro.
Um comandante dos peshmergas em Kirkuk, o general Hiyowa Rach, afirmou à AFP que os peshmergas reféns foram capturados em 31 de janeiro, "quando os combatentes curdos evitaram um ataque terrorista do EI contra Kirkuk".
O EI controla desde junho de 2014 amplos territórios no norte e oeste do Iraque e executou uma ofensiva no fim de janeiro contra esta cidade petroleira, onde os peshmergas estão desde a retirada das tropas iraquianas um mês antes.
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