quinta-feira, 17 de julho de 2014

Passa de 30 o número de mortos pelo tufão Rammasun nas Filipinas


Vítimas foram atingidas por árvores e postes derrubados por ventos fortes.
Mais de 500 mil pessoas foram afetadas, especialmente no norte do país.

Da EFE
Funcionário de aldeia leva criança durante retirada de famílias em área de risco durante a passagem do tufão nas Filipinas (Foto: Ted Aljibe/AFP)Funcionário de aldeia leva criança durante retirada de famílias em área de risco nesta quarta-feira (16)
por conta da passagem do tufão nas Filipinas (Foto: Ted Aljibe/AFP)
Pelo menos 38 pessoas morreram e mais de 500 mil foram afetadas na metade norte das Filipinas e outras oito permanecem desaparecidas após a passagem do tufão Rammasun, que castigou a região nesta quarta (16) com ventos de até 170 km/h, informaram nesta quinta-feira (17) as autoridades do país.
Segundo o último relatório do Conselho de Gestão e Redução do Risco de Desastres das Filipinas, mais dez pessoas ficaram feridas, enquanto é esperado um aumento no número de mortes nos próximos dias.

Segundo o ministro da Energia, Jericho Petilla, serão necessárias pelo menos duas semanas para reparar todas as instalações e conexões elétricas, por isso algumas das áreas afetadas ficarão sem eletricidade por várias semanas.
A maioria das mortes, segundo o órgão, ocorreu pela queda de árvores e pelo impacto de objetos derrubados pelos fortes ventos, que também danificaram seriamente as instalações da companhia elétrica Meralco, que ontem deixou 90% de seus clientes sem luz.
O Conselho de Desastres também informou que 115 escolas de 12 regiões distintas foram atingidas pelo tufão, mas as aulas foram retomadas hoje em 54 delas. Além disso, o trânsito ficou interrompido em 11 estradas e em uma ponte devido aos efeitos do tufão, e cerca de 230 voos nacionais e internacionais tiveram que ser cancelados.
Carro foi esmagado por uma árvore derrubada na passagem do tufão Rammasun, localmente conhecido como Glenda, em Makiti, na região metropolitana de Manila, nas Filipinas (Foto: Mark DeMayo/Reuters)Carro foi esmagado por uma árvore derrubada na
passagem (Foto: Mark DeMayo/Reuters)
O tufão passou por 12 províncias da metade norte das Filipinas e o estado de calamidade continua vigente em quatro delas, o que permite ao governo controlar os preços dos artigos e serviços básicos e conceder empréstimos sem juros, entre outras medidas.

A União Europeia (UE) afirmou que está preparada para oferecer apoio às Filipinas na reconstrução das regiões afetadas pelo tufão. Além disso, o embaixador da UE na capital Manila, Guy Ledoux, disse que os especialistas da agência humanitária da Comissão Europeia já se encontram nos locais mais atingidos para analisar a situação.
O Rammasun, chamado de Glenda pelas autoridades das Filipinas, chegou ao país enquanto este ainda se recuperava dos danos causados por outro tufão, o Haiyan, que em novembro do ano passado deixou 6,3 mil mortos e mais de mil desaparecidos, além de aproximadamente 28,7 mil feridos.
Apesar de o Conselho de Desastres ainda ter que calcular o custo dos prejuízos causados pelo Rammasun, o órgão considera que o mesmo "não chegou perto" da devastação provocada pelo Haiyan.
O tufão, de cerca de 500 quilômetros de diâmetro, tocou o solo na última terça-feira por volta das 17h locais (6h de Brasília) e deixou o arquipélago ao meio-dia de quarta (1h de quinta-feira pelo horário de Brasília).
A temporada de tufões nas Filipinas, que começa geralmente em junho e termina em novembro, atrai todos os anos entre 15 e 20 ciclones ao país.
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Tufão ergueu e jogou barco em área da Baía de Baseco. (Foto: Romeo Ranoco / Reuters)Tufão ergueu e jogou barco em área da Baía de Baseco (Foto: Romeo Ranoco/Reuters)

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