Funcionários da área de saúde da Faixa de Gaza disseram que pelo menos 18 pessoas foram mortas durante um ataque aéreo israelense que teve como alvo a casa do chefe de polícia do território, que ficava próxima a uma mesquita.
Ignorando os apelos internacionais para um cessar-fogo, Israel ampliou neste sábado o alcance de seus alvos em Gaza para instituições civis sob suspeita de ligações com o Hamas e anunciou que vai atacar o norte do território "com grande força" para evitar ataques de foguete contra seu território. Mais de 150 palestinos foram mortos em cinco dias de bombardeios.
Um desses ataques foi contra um centro para pessoas com deficiências onde dois pacientes foram mortos e quatro pessoas ficaram feridas.
Israel realizou mais de 1.200 ataques aéreos nesta semana com o objetivo de reduzir a capacidade do Hamas de lançar foguetes contra o território israelense. O porta-voz da chefia militar de Israel, brigadeiro-general Motti Almoz, disse que haverá mais ataques, principalmente na região norte de Gaza, perto da fronteira com Israel.
"Vamos atacar o local com grande força nas próximas 24 horas em razão da grande concentração de instalações do Hamas na área", disse ele. Na noite deste sábado, o Exército disse que estava ordenando a saída de palestinos da região "para sua própria segurança".
O Ministério do Interior de Gaza pediu aos moradores da área que ignorem as advertências de Israel e permaneçam em suas casas, afirmando que o anúncio faz parte da "guerra psicológica" de Israel e uma tentativa de criar confusão.
Pouco depois do anúncio israelense, um avião atacou a casa do chefe de polícia de Gaza, Taysir al-Batsh, matando pelo menos 18 pessoas e ferindo 50, informou Ashraf al-Kidra, funcionário do Ministério da Saúde. Segundo ele, os fiéis estavam saindo de uma mesquita próxima após as orações noturnas no momento do ataque. Acredita-se que haja pessoas presas nos escombros. Nesses cinco dias de ofensiva contra Gaza, este foi o ataque individual que mais deixou vítimas no território palestino.
O Hamas disparou cerca de 700 foguetes e morteiros contra Israel nesta semana e afirmou que não será o primeiro a interromper os ataques. Fonte: Associated Press.
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