Da Redação Neste verão, estação mais adequada para proliferação do mosquito, 48 municípios apresentam risco de surto da doença.
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Receitas caseiras como comer alho, cebola, inhame, tomar vitamina C, chá de cravo da índia ou acender vela de andiroba não ajudam a prevenir a picada do mosquitoAedes aegypti, transmissor da dengue, alertam especialistas.
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz explicam que, no caso dos alimentos, por exemplo, a pessoa teria de consumir grandes quantidades para liberar o cheiro das substâncias no suor e desviar a atenção do mosquito.
Passar repelente na pele também não é eficaz. Segundo o epidemiologista e diretor do Instituto de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Edimilson Migowski, alguns produtos conseguem afastar o mosquito, sim. Porém, os repelentes agem, em média, por três horas e não podem ser passados no corpo a todo tempo. “Durante uma parte do dia, você vai ficar descoberto”, alerta o professor.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, também não indica as receitas caseiras. Segundo ele, não há eficácia comprovada “e faz com que as pessoas não adotem as medidas eficazes.” A adoção de hábitos dentro de casa para acabar com os criadouros do mosquito é o que adianta, diz Barbosa.
Tampar a caixa d’água, desentupir as calhas, tirar a água das bandejas do ar condicionado e dos pratinhos dos vasos de planta e colocar tela em privadas e ralos pouco usados que acumulam água parada são rotinas que precisam ser realizadas em casa e no escritório pelo menos uma vez por semana. É que, do ovo até a fase adulta, o ciclo de vida do Aedes aegypti leva de 7 a 10 dias.
Verão facilita proliferação do inseto
Um levantamento divulgado pelo ministério mostra que 48 municípios apresentam risco de surto de dengue neste verão. Em cada cidade, as equipes de saúde encontraram larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis visitados, taxa considerada preocupante.
A proliferação do mosquito da dengue aumenta no verão devido à alta temperatura e às chuvas que aumentam o número de locais com água parada e facilitam o depósito de ovos do inseto. O mosquito tem hábitos diurnos e prefere alimentar-se no amanhecer ou ao entardecer, mas também pica no período da noite.
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