Nosso Sol, tão quente e brilhante neste verão, pode mudar a regulagem do termostato. Os cientistas esperam que o astro entre em uma fase mais acomodada nos próximos anos. As atividades solares tenderiam a se reduzir. Com isso, a Terra deve receber menos calor. No entanto, não espere que essa redução na atividade solar alivie o aquecimento global provocado por nossas emissões poluentes. Apesar dos argumentos usados exaustivamente por alguns céticos das mudanças climáticas, as variações na atividade solar são muito pequenas para influir nas mudanças que estamos causando no clima da Terra.
É o que mostra um estudo recente feito por um grupo da Universidade Reading, do Reino Unido, e do Met Office, o instituto de meteorologia e clima do país. O levantamento, de Gareth S. Jones, Michael Lockwood e Peter A. Stott, foi publicado na revista científica Journal of Geophysical Research. Os pesquisadores avaliaram as perspectivas de mudanças no ciclo de atividade solar nos próximos 90 anos. E estimaram o quanto isso poderia atenuar o impacto do aquecimento provocado pela emissão de gases de efeito estufa, que fazem a atmosfera da Terra guardar calor. Segundo o estudo, a produção de calor do Sol deve diminuir até 2100. Mas isso provocaria uma redução de apenas 0,08 grau centígrado na temperatura média da Terra. Pouco diante do aumento de 2,5 a 7 graus previstos pelos cientistas que avaliam as mudanças climáticas.
Ainda segundo a equipe britânica, mesmo que a produção do Sol caia para o nível mais baixo já registrado, que ocorreu entre 1645 e 1715, isso só faria a temperatura média da Terra diminuir 0,13 grau. Para os autores do estudo, os ciclos solares não são páreo para o aquecimento gerado pelas nossas alterações na atmosfera da Terra.
A foto acima mostra uma descarga solar registrada pela Nasa, agência espacial americana, no dia 23 de janeiro.
(Alexandre Mansur)
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