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Os brasileiros pagaram uma quantia recorde de impostos e contribuições no ano passado. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela Receita Federal, a arrecadação federal somou R$ 969,907 bilhões no ano passado. O volume representou um crescimento de R$ 143,388 bilhões em relação ao verificado em 2010, que já havia sido o maior da história até então, quando totalizou R$ 897,988 bilhões.
A arrecadação do ano passado registrou uma alta real de 10,1% em relação ao ano anterior. O crescimento ficou abaixo da projeção feita pelo Fisco para 2011, que era um intervalo de alta entre 11,00% e 11,50%.
Especificamente em relação a dezembro do ano passado, a arrecadação somou R$ 96,632 bilhões, o que significa uma queda real de 2,69% na comparação com o mesmo mês de 2010, mas uma alta de 21,76% na comparação com novembro. O resultado do mês passado ficou dentro do esperado por analistas consultados pelo AE Projeções, que previam uma arrecadação de R$ 94,8 bilhões a R$ 104,9 bilhões, mas abaixo da mediana projetada, de R$ 98 bilhões.
Os bancos lideram o ranking dos 10 setores com a maior arrecadação. Em 2011, bancos e corretoras recolheram aos cofres do governo federal R$ 116,7 bilhões, 12,19% acima do montante pago em 2010. Na sequência figuram as empresas de comércio atacadista com R$ 46,7 bilhões, 10,98% a mais. O terceiro lugar é ocupado pelos fabricantes de veículos, que recolheram R$ 37 bilhões em impostos e contribuições, com alta de 11,61%.
Os demais segmentos com as maiores arrecadações tributárias são comércio varejista, extração de minerais metálicos, seguros e previdência complementar, construção e corretoras.
A arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) reflete o efeito de medidas tomadas para conter o fluxo de moeda estrangeira no país. Em 2011, a cobrança do imposto sobre as operações de câmbio referente a entrada de moeda caiu 15,67%, totalizando R$ 4,676 bilhões, ante R$ 5,544 bilhões registrados em 2010.
Em termos gerais, a arrecadação total do IOF atingiu R$ 32,564 bilhões em 2011, com alta real de 12,14% em comparação ao ano anterior.
O maior crescimento no IOF decorreu da incidência do tributo sobre as operações de crédito de pessoa física, R$ 11,244 bilhões, 44% maior, também em termos reais. A expansão é um reflexo direto da expansão do crédito no país.
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