Em audiência pública realizada na terça- feira (24), artistas e ativistas culturais ocuparam o plenário da Câmara dos Deputados, onde estavam presentes os deputados Marcos Feliciano (PSC-SP), Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) e Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Em homenagem aos deputados homofóbicos, um casal de ativistas realizou um beijaço que foi aplaudido pelo público. Os manifestantes entraram no local com cartazes escrito “Fora Temer”, “Cultura Contra o Golpe no Brasil” e “Temer Golpista”.
O deputado criticou a plateia: “Isso não é cultura, é baderna dos que não aceitam o governo Temer”. Feliciano disse que também é “artista e cantor” e prometeu esforço na criação efetiva de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades em convênios do Ministério da Cultura.
Os artistas e trabalhadores da cultura, presentes na plateia, ouviram de costas o depoimento do deputado. Também o vaiaram e voltaram a chamá-lo de “golpista e fascista”.
Após o pronunciamento, Pr. Marco Feliciano deixou o plenário cercado de policiais legislativos e voltou logo depois aocmpanhado dos deputados Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) e Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o que aumentou o clima de provocação mútua.
Diante do clima tenso, alguns deputados chegaram a sugerir o encerramento da reunião, mas a plateia reagiu com coros de “Essa Casa é nossa. Ocupa e resiste!”, em uma referência ao movimento de ocupação de prédios públicos que artistas e trabalhadores da cultura promovem em todo o País, em defesa do Ministério da Cultura.
O presidente da comissão, deputado Chico D’Angelo (PT-RJ), decidiu manter a reunião, sob o argumento de que o colegiado passará a ser “uma trincheira em defesa da cultura brasileira”. Os deputados Pr. Marco Feliciano, Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro deixaram o plenário.
Fonte: Com informações do OGlobo
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