sexta-feira, 27 de maio de 2016

Maio de 2016

Em 1968, um movimento estudantil de Paris, passou a discutir a reforma universitária, aquela revolução proposta pela meninada francesa ganhou o apoio da classe trabalhadora e ganhou volume extraordinário. O movimento se espalhou pelo mundo e não só discutiu a educação, mas a revolução sexual, a liberdade, a democracia, a vida.



A juventude do mundo inteiro denunciou a hipocrisia da sociedade. Denunciou a guerra do Vietnã. Denunciou a falta de democracia e liberdade.
O ano de 1968 é um dos anos mais importantes da nossa história, por causa daquela juventude, que foi considerada desocupada, drogada, sem responsabilidade. Na verdade ousaram sonhar, ter esperança e lutar.
O Brasil, em plena Ditadura Civil/Militar não ficou de fora daquele sopro de novos tempos a juventude saiu às ruas para dizer que era "proibido proibir".
Atualmente, vivemos um período de efervescência do Movimento Estudantil no Brasil em vários estados a gurizada ocupa as escolas e ousar dizer que exigem uma educação pública de qualidade. Ousam sonhar, ter esperança e lutar.
Desde o ano passado, em São Paulo, a juventude secundarista paulista começou a lutar contra o projeto neoliberal  dos tucanos, que visava fechar escolas estaduais públicas. Aquela juventude ocupou as escolas. Enfrentou, corajosamente, a truculência do governo e da polícia. Mas manteve-se firme e obrigou o governo a ceder.
Esse ano o exemplo paulista espalhou-se pelo país: no Rio de Janeiro, no Ceará, no Paraná, no Rio Grande do Sul e, novamente, em São Paulo a juventude ocupa as escolas e lutam contra os projetos neoliberais eu visam o sucateamento da Educação e a privatização da Educação Pública.
O projeto das organizações sociais que já é imposto em Goiás e que fez com que os secundaristas de lá no ano passado também ocupassem as escolas, atualmente, ameaçam os demais estados governados pelo mesmo projeto político neoliberal.
Outra questão é a  luta contra o projeto, nefasto, da escola sem partido que na verdade é uma tentativa de censurar o trabalho dos educadores e evitar uma educação para a criticidade e uma leitura do mundo. O projeto deseja criar uma educação que gere apenas tarefeiros e não sujeitos históricos pensantes.
Mas essa garotada a ocupar as escolas está mostrando que não deixará barato. Está bonito esse maio de 2016. 
Infelizmente, parte da geração adulta carcomida pela acomodação e desesperança atacam os jovens. Eles são chamados de vagabundos, desocupados...
E, pior, educadores também os atacam, pressionam o movimento deles.

A luta deles deveria ser de todos nós. Ou não queremos uma Educação Pública de Qualidade?

Fonte
http://www.profjuliososa.com.br/2016/05/maio-de-2016.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+BlogDoProfJulioSosa+%28Blog+do+Prof.+Julio+Sosa%29

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