O domingo foi dourado para a ginástica artística brasileira. Com direito a show de Arthur Zanetti nas argolas e hat-trick de Daniele Hypolito, que conquistou três medalhas de ouro neste fim de semana: salto, solo e trave. O Brasil subiu ao pódio 13 vezes e somou seis ouros, quatro pratas e três bronzes na Copa do Mundo de São Paulo. Em clima de Olimpíadas, a torcida vibrou e sofreu com cada apresentação, praticamente lotando o ginásio do Ibirapuera.
Cada vez que Zanetti aparecia no telão, os torcedores ovacionavam o campeão olímpico das argolas - com um toque de badalação e de pressão sobre o ginasta em São Paulo. Muito superior aos adversários, queria mesmo era vivenciar mais uma vez esse ambiente. Um novo teste de competir como anfitrião e favorito, uma nova aprovação. Assim como no evento-teste de abril, Zanetti foi preciso e conquistou a medalha de ouro, com a nota 15,800.
Mas o nome do fim de semana foi Daniele. Aos 31 anos e em um dos melhores momentos da sua carreira, a carioca encerrou a competição com três medalhas de ouro no peito. No sábado, foi a melhor no salto, e neste domingo coroou sua participação com mais dois títulos, no solo no ritmo dos gritos da torcida, e na trave, com a concentração necessária para completar a trinca.
- Na trave, procuro me fechar numa bolha. É difícil fazer a série com a torcida gritando. No solo, eu adoro o apoio e o incentivo. Quero agradecer a todo mundo que esteve aqui e apoiou a gente. Muito obrigada!
Além do título, Zanetti mostrou consistência. Em quatro apresentações neste ano, sempre esteve entre os 15,800 e 15,866 pontos. Na atual temporada, apenas Petrounias conseguiu superar essa marca em competições internacionais - ele recebeu 15,900 na classificatória do evento-teste, mas foi batido pelo brasileiro na final.
Em São Paulo, os outros finalistas foram coadjuvantes. O argentino Federico Molinari, bronze em 2015 no Ibirapuera, levou a prata com 15,050 pontos. O carismático japonês Kaito Imabayashi ficou com o bronze, com 14,700 pontos. O brasileiro Francisco Barretto também acertou sua série, mas ficou na sexta posição, com 14,250 pontos, por ter grau de dificuldade menor.
“Alegria, alegria!”. O som de Ivete Sangalo embalou a comemoração de Daniele Hypolito neste domingo. Antes mesmo de receber a nota do solo, a ginasta já orquestrava a festa da torcida. Fazia corações com as mãos, na certeza do trabalho bem feito. Ouro no salto no sábado, ela mais uma vez brilhou e conquistou o segundo título com a nota 13,950. No pódio, ainda teve a companhia da caloura Caroylne Pedro na dobradinha verde-amarela. A ginasta de 15 anos empatou com a chilena Simona Castro na terceira colocação, com 13,300. A prata foi para a alemã Kim Bui, com 13,550.
Se a veterana brilhou, a caloura não ficou muito atrás. Carol foi firme no único aparelho que competiu em São Paulo e, apesar de ter pisado fora do tablado, conseguiu o bronze, sua primeira medalha em etapas da Copa do Mundo. Ela ainda busca vaga na equipe do Brasil para os Jogos e é favorita ao posto de reserva, já que Dani deve ter como parceiras Flávia Saraiva, Rebeca Andrade, Jade Barbosa e Lorrane dos Santos.
A final da barra fixa abriu as disputas deste domingo. Em grande estilo e com direito a ouro para o Brasil, prata para o showman japonês Kaito Imabayashi, que repetiu as dancinhas de sábado e encantou a torcida, e uma queda feia de Arthur Nory, assustando os presentes no Ibirapuera. O título saiu depois de uma nota 15,250 para Sasaki, com uma apresentação que teve largadas e retomadas de alto grau de dificuldade. Saiba mais!
“Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. Arthur Nory seguiu o enredo do famoso samba de Paulo Vanzolini ("Volta Por Cima"). Depois de uma queda feia na barra fixa, seu principal aparelho, o ginasta voltou ao ginásio do Ibirapuera para subir ao lugar mais alto do pódio no salto. Com média 14,800, ele puxou uma dobradinha com Sérgio Sasaki, prata com 14,675.
Depois de falhar nas finais de solo no sábado e de cair feio na barra, Nory tinha no salto sua última chance de conquistar uma medalha na etapa de São Paulo e não a desperdiçou. Ele fez um bom primeiro salto e, mesmo com um passo para trás na chegada, conseguiu repetir os 15 pontos cravados da classificatória. No segundo voo, teve de se esforçar para não cair nem sair da área de aterrissagem. Deu certo. Com a nota 14,600, ele conseguiu a média 14,800 e comemorou com a torcida.
Sérgio Sasaki veio logo na sequência, apostando em saltos com alto grau de dificuldade. Ele voou alto com um salto Dragulescu, um dos mais difíceis do código de pontuação, e conseguiu 15,150. No segundo salto, porém, assim como na classificatória, o ginasta sofreu uma queda, mas ainda recebeu a nota 14,200 para ficar com a média 14,675 e levar a prata. Foi aterceira medalha dele em três aparelhos disputados na competição - ganhou a barra fixa e foi prata no cavalo com alças.
Uma a uma as ginastas foram caindo ou desequilibrando. Daniele, não. A chilena Simona Castro foi a primeira a se apresentar e manteve a liderança na trave até Dani fazer sua série. Com uma boa entrada e uma série limpa, a brasileira fez uma saída firme e ganhou o carinho da torcida. Os 14,350 dos juízes a colocaram em primeiro, deixando Castro em segundo, com 13,050. Melhor da fase classificatória, Rebeca Andrade entrou na sequência e tinha a chance de pular na frente. Mas a brasileira caiu e teve que se contentar com o bronze: 13,000. Última a se apresentar, a alemã Kim Bui não foi bem e acabou ficando fora do pódio.
Cada vez que Zanetti aparecia no telão, os torcedores ovacionavam o campeão olímpico das argolas - com um toque de badalação e de pressão sobre o ginasta em São Paulo. Muito superior aos adversários, queria mesmo era vivenciar mais uma vez esse ambiente. Um novo teste de competir como anfitrião e favorito, uma nova aprovação. Assim como no evento-teste de abril, Zanetti foi preciso e conquistou a medalha de ouro, com a nota 15,800.
Dani se emociona no pódio após ouro na trave - seu terceiro na etapa de São Paulo (Foto: Vini Marins)
- Gostei (da apresentação). Tirei menos que na classificatória, mas isso é normal. Pelo fato de os árbitros mudarem, na final são um pouco mais rigorosos. Mas saio muito satisfeito com a minha prova, era mais ou menos o que eu estava esperando. Acho que a torcida também ajudou a tirar essa nota. Essa é a minha série olímpica. Não vai ter nenhuma modificação - avaliou Zanetti.Mas o nome do fim de semana foi Daniele. Aos 31 anos e em um dos melhores momentos da sua carreira, a carioca encerrou a competição com três medalhas de ouro no peito. No sábado, foi a melhor no salto, e neste domingo coroou sua participação com mais dois títulos, no solo no ritmo dos gritos da torcida, e na trave, com a concentração necessária para completar a trinca.
- Na trave, procuro me fechar numa bolha. É difícil fazer a série com a torcida gritando. No solo, eu adoro o apoio e o incentivo. Quero agradecer a todo mundo que esteve aqui e apoiou a gente. Muito obrigada!
01
argolas
Zanetti no alto do pódio das argolas (Foto: Vini Marins)
Campeão no Ibirapuera, o ginasta já esperava o bi. Só erros muito graves o tirariam do topo do pódio, mas Zanetti não um ginasta de cometer falhas, busca sempre a precisão. Apesar dos gritos da torcida, nada de tremer. As argolas ficaram estáticas, dominadas nas mãos do campeão olímpico. A cravada na saída era a certeza de uma grande nota, confirmada logo depois pelos árbitros: 15,800 pontos, o mesmo que o grego Eleftherios Petrounias conseguiu para levar o título mundial do ano passado.Além do título, Zanetti mostrou consistência. Em quatro apresentações neste ano, sempre esteve entre os 15,800 e 15,866 pontos. Na atual temporada, apenas Petrounias conseguiu superar essa marca em competições internacionais - ele recebeu 15,900 na classificatória do evento-teste, mas foi batido pelo brasileiro na final.
Em São Paulo, os outros finalistas foram coadjuvantes. O argentino Federico Molinari, bronze em 2015 no Ibirapuera, levou a prata com 15,050 pontos. O carismático japonês Kaito Imabayashi ficou com o bronze, com 14,700 pontos. O brasileiro Francisco Barretto também acertou sua série, mas ficou na sexta posição, com 14,250 pontos, por ter grau de dificuldade menor.
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solo feminino
“Alegria, alegria!”. O som de Ivete Sangalo embalou a comemoração de Daniele Hypolito neste domingo. Antes mesmo de receber a nota do solo, a ginasta já orquestrava a festa da torcida. Fazia corações com as mãos, na certeza do trabalho bem feito. Ouro no salto no sábado, ela mais uma vez brilhou e conquistou o segundo título com a nota 13,950. No pódio, ainda teve a companhia da caloura Caroylne Pedro na dobradinha verde-amarela. A ginasta de 15 anos empatou com a chilena Simona Castro na terceira colocação, com 13,300. A prata foi para a alemã Kim Bui, com 13,550.
Dani também leva o ouro no solo (Foto: Vini Marins)
Estava difícil ficar no tablado. Quatro ginastas acabaram aterrissando fora da área permitida antes de Dani se apresentar. Ela também acabou pisando fora do tablado em uma passada, mas nada que ameaçasse seu título. A prova da veterana foi muito superior às séries das adversárias. A ginasta, que já foi vice-campeã mundial no solo, mostrou que, aos 31 anos, tem fôlego de sobra para brilhar e se divertir no seu ano de despedida da ginástica - já afirmou que se aposenta após as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Dani ainda pretende mudar sua apresentação de solo para os Jogos. Ela aprimora uma série embalada por músicas da cantora Anitta.Se a veterana brilhou, a caloura não ficou muito atrás. Carol foi firme no único aparelho que competiu em São Paulo e, apesar de ter pisado fora do tablado, conseguiu o bronze, sua primeira medalha em etapas da Copa do Mundo. Ela ainda busca vaga na equipe do Brasil para os Jogos e é favorita ao posto de reserva, já que Dani deve ter como parceiras Flávia Saraiva, Rebeca Andrade, Jade Barbosa e Lorrane dos Santos.
01
barra fixa
A final da barra fixa abriu as disputas deste domingo. Em grande estilo e com direito a ouro para o Brasil, prata para o showman japonês Kaito Imabayashi, que repetiu as dancinhas de sábado e encantou a torcida, e uma queda feia de Arthur Nory, assustando os presentes no Ibirapuera. O título saiu depois de uma nota 15,250 para Sasaki, com uma apresentação que teve largadas e retomadas de alto grau de dificuldade. Saiba mais!
salto masculino
“Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. Arthur Nory seguiu o enredo do famoso samba de Paulo Vanzolini ("Volta Por Cima"). Depois de uma queda feia na barra fixa, seu principal aparelho, o ginasta voltou ao ginásio do Ibirapuera para subir ao lugar mais alto do pódio no salto. Com média 14,800, ele puxou uma dobradinha com Sérgio Sasaki, prata com 14,675.
Depois de falhar nas finais de solo no sábado e de cair feio na barra, Nory tinha no salto sua última chance de conquistar uma medalha na etapa de São Paulo e não a desperdiçou. Ele fez um bom primeiro salto e, mesmo com um passo para trás na chegada, conseguiu repetir os 15 pontos cravados da classificatória. No segundo voo, teve de se esforçar para não cair nem sair da área de aterrissagem. Deu certo. Com a nota 14,600, ele conseguiu a média 14,800 e comemorou com a torcida.
Sérgio Sasaki veio logo na sequência, apostando em saltos com alto grau de dificuldade. Ele voou alto com um salto Dragulescu, um dos mais difíceis do código de pontuação, e conseguiu 15,150. No segundo salto, porém, assim como na classificatória, o ginasta sofreu uma queda, mas ainda recebeu a nota 14,200 para ficar com a média 14,675 e levar a prata. Foi aterceira medalha dele em três aparelhos disputados na competição - ganhou a barra fixa e foi prata no cavalo com alças.
Daniele Hypolito leva ouro na trave, com Rebeca em terceiro (Foto: Vini Marins)
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