O programa da Nasa para detectar e proteger a Terra dos asteroides está mal administrado e atrasado em relação a seus objetivos, revela uma auditoria do governo publicada nesta segunda-feira (15) nos Estados Unidos.
Apenas um milhão de dólares do orçamento total de 40 milhões do programa é destinado a estratégias para desviar asteroides que ameaçam a Terra ou evacuar áreas sob risco de impacto, destaca o relatório elaborado pelo inspetor-geral da Nasa, Paul Martin.
O Congresso ordenou em 2005 à agência espacial americana a criação de um programa para rastrear os chamados "objetos próximos à Terra" (NEO, sigla em inglês) com mais de 140 metros de diâmetro, decidir que ameaça representam e catalogar 90% destes objetos até 2020.
"Após o programa descobrir, avaliar e traçar as órbitas de mais de 11 mil NEOs desde 1998, a Nasa estima que identificou apenas 10% de todos os asteroides de 140 metros ou mais e que não cumprirá o prazo até 2020", adverte a auditoria.
Meteorito da Rússia
A maioria dos objetos próximos à Terra são inofensivos e se desintegram antes de atingir a superfície do planeta, mas alguns passam, como o meteorito de 18 metros de diâmetro que caiu sobre a cidade russa de Chelyabinsk em 2013 "destruindo prédios, vidraças e ferindo mais de mil pessoas".
A maioria dos objetos próximos à Terra são inofensivos e se desintegram antes de atingir a superfície do planeta, mas alguns passam, como o meteorito de 18 metros de diâmetro que caiu sobre a cidade russa de Chelyabinsk em 2013 "destruindo prédios, vidraças e ferindo mais de mil pessoas".
Entre os problemas de gestão da Nasa estão a missão de redirecionamento de asteroides, que não foi desenvolvida pelo programa NEO, e "os controles inadequados para assegurar uma contabilidade apropriada das verbas" do projeto.
A auditoria afirma que a Nasa gasta apenas 7% do orçamento de 40 milhões de dólares do programa em estratégias para "defender a Terra de impactos de NEOs", incluindo planos de defesa civil, evacuações de emergência ou "tentativas de destruir ou desviar a trajetória" de objetos.
Segundo Martin, a "Nasa concorda com as recomendações e propõe ações para corrigir" as falhas.
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