Câmera em mochila de aluno flagrou caso em creche de Porto Ferreira, SP.
Andamento do inquérito espera mais provas das agressões, diz delegado.
O delegado responsável pelo caso dos alunos agredidos por uma monitora de creche em Porto Ferreira (SP), Miguel Capobianco, investiga se outras crianças do local também foram vítimas. Um pai colocou uma câmera na mochila do filho e flagrou as agressões de uma funcionária e outra assistindo sem reagir. (Confira o vídeo acima). Ainda segundo o delegado, serão colhidas provas adicionais para apresentar o possível pedido de prisão das monitoras, que podem ser indiciadas pelos crimes de maus-tratos e totura. Ambas foram afastadas pela Prefeitura e podem ser exoneradas dos cargos.
O delegado ainda disse que as duas mulheres devem ser intimidas nos próximos dias para prestar depoimento. Elas não foram localizadas pelo G1 para comentar o caso. A pena para o crime de maus-tratos tem pena de 2 meses a 1 ano de prisão, ou multa. Já o crime de tortura tem pena de 2 a 8 anos de prisão.O caso foi registrado nesta quarta-feira (3) por pais de alunos. "O próximo passo é definir com exatidão o número de vítimas e convocar, intimar, conduzí-la para a delegacia para ser interrogada. Serão colhidas várias outras provas e, a depender desse andamento do inquérito, se for conivente para a instrução criminal, será apresentado o pedido de prisão das envolvidas. Uma delas pode entrar como coautora, porque estava no local, tinha o dever de cuidar das crianças e nada fez. Ela pode incidir nas mesmas penas culminadas à autora", disse Capobianco.
Gravação
A desconfiança dos pais começou quando as crianças passaram a voltar para casa com marcas roxas pelo corpo e chorar quando chegava a hora de ir para a Creche Municipal Ferdinando Mechioretto, localizada no bairro Cristo Redentor. As imagens foram gravadas por uma câmera escondida na mochila do filho de um deles após uma reunião entre os pais. O vídeo mostrou que, além dos abusos físicos, as crianças também eram ofendidas pelas funcionárias.
No vídeo, é possível ver o momento em que as crianças dançam e a monitora se aproxima e ofende a mãe de uma delas. Em seguida, ela levanta um menino pelo braço e o joga no tapete. Depois ela bate em outro menino, o sacode violentamente e o coloca de castigo na parede. Em seguida, a monitora joga brinquedos na direção dos alunos, quase acertando um deles. Outra funcionária que acompanhava as agressões feitas pela colega não apresentou reação.
Defesa e medidas
A Prefeitura abriu uma sindicância para apurar o caso e o prazo para a conclusão é de até 30 dias. José Roberto Carvalho, procurador jurídico da Prefeitura de Porto Ferreira, cita o príncipio da ampla defesa como forma de dar oportunidade para que as funcionárias apresentem suas versões do ocorrido. "Elas vão ficar afastadas o tempo que for necessário para a apuração dos fatos", afirmou Carvalho.
A diretora do Departamento de Educação da cidade, Maria Regina Nery, descreveu o episódio como "um momento de extrema revolta e de vergonha". A direção da creche não se manifestou sobre o assunto.
Acompanhamento
As medidas tomadas pelo Conselho Tutelar, segundo o presidente Márcio Roberto Silva, serão protetivas. "Acompanhamento psicológico para que não fiquem com nenhum trauma por conta do que elas sofreram", explicou Silva.
A Prefeitura abriu uma sindicância para apurar o caso e o prazo para a conclusão é de até 30 dias. José Roberto Carvalho, procurador jurídico da Prefeitura de Porto Ferreira, cita o príncipio da ampla defesa como forma de dar oportunidade para que as funcionárias apresentem suas versões do ocorrido. "Elas vão ficar afastadas o tempo que for necessário para a apuração dos fatos", afirmou Carvalho.
A diretora do Departamento de Educação da cidade, Maria Regina Nery, descreveu o episódio como "um momento de extrema revolta e de vergonha". A direção da creche não se manifestou sobre o assunto.
Acompanhamento
As medidas tomadas pelo Conselho Tutelar, segundo o presidente Márcio Roberto Silva, serão protetivas. "Acompanhamento psicológico para que não fiquem com nenhum trauma por conta do que elas sofreram", explicou Silva.
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