Homem recusou dizendo que vítima "estava muito estragada", diz delegado.
Três foram presos e um menor foi detido por envolvimento com o crime.
Os três suspeitos presos por estuprar, agredir e assaltar um casal de estrangeiros, dia 30, no Rio de Janeiro, ofereceram a jovem em uma comunidade a um homem que recusou a "oferta" alegando que a vítima "estava muito estragada”. A informação foi dada ao G1 pelo delegado Gilbert Stivanello, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), nesta segunda-feira (8).
Os crimes aconteceram dentro de uma van. O casal - um francês e uma americana - embarcou no veículo em Copacabana, na Zona Sul do Rio, acreditando que seria deixado na Lapa, no Centro. No Aterro do Flamengo, no entanto, outros passageiros foram forçados a descer. No caminho até cidades da Região Metropolitana, o rapaz foi espancado com a chave de roda da van, enquanto a namorada acabou estuprada. A tortura durou seis horas.
Os três maiores - Jonathan Froudakis de Souza, de 19 anos, o "Gordinho"; Wallace Aparecido Souza Silva, de 21, o "Cachorrão" ou "Tarugo"; e Carlos Armando Costa dos Santos, também de 21, o "Baby", foram indiciados por estupro, corrupção de menores e roubo. No sábado (6),um menor foi detido. Ele era cobrador da van e diz ter sido deixado em casa, em Niterói, na Região Metropolitana, após o início das agresssões. Ele será apresentado na 2ª Vara da Infância e da Adolescência nesta segunda.
Segundo o delegado, após deixarem o menor em Niterói, Jonathan e Wallace encontraram Carlos. Ele estava com a namorada e a deixou em casa para embarcar na van. Quando viu o estado em que a americana se encontrava, Carlos chegou a debochar, dizendo aos companheiros que “não se bate em mulher”. Mesmo assim, partitipou da sessão de tortura e abuso, que foi reiniciada.
Jovem foi oferecida
Ainda de acordo com o delegado, Jonathan, Carlos e Wallace seguiram até uma comunidade próxima a São Gonçalo, onde ofereceram a jovem a um quarto homem, após entregaram um envelope a ele. Segundo depoimento da vítima, o homem olhou para ela com “nojo” e recusou, dizendo que ela estava "muito estragada". Depois disso, os criminosos voltaram ao Rio para pegar mais cartões das vítimas e realizar novos saques.
Ainda de acordo com o delegado, Jonathan, Carlos e Wallace seguiram até uma comunidade próxima a São Gonçalo, onde ofereceram a jovem a um quarto homem, após entregaram um envelope a ele. Segundo depoimento da vítima, o homem olhou para ela com “nojo” e recusou, dizendo que ela estava "muito estragada". Depois disso, os criminosos voltaram ao Rio para pegar mais cartões das vítimas e realizar novos saques.
Ainda conforme informou Stivanello, o menor negou ter violentado a estrangeira, contudo, estava dentro do carro no começo das “inúmeras sequências de estupro”. Segundo o delegado, o menor algemou o namorado da vítima e golpeou o rosto do estrangeiro com uma barra de ferro para que os outros pudessem realizar o ato.
“Ele segurou o francês. Atuou como partícipe, tecnicamente, teve participação no estupro. Mas negou isso no termo de declaração. Contudo, pela cronologia, ele estava dentro do carro nos primeiros atos. E já circulou com esse grupo anteriormente para sair para roubar”, afirmou Stivanello, que acrescentou que o jovem informou que, no dia do crime, o grupo estava “caçando gringos”.
Conforme informou Stivanello, o menor, que não tem antecedentes, foi responsável pelo recolhimento dos pertences dos passageiros e atuava como cobrador da van. “Mas eles não atuavam apenas contra estrangeiros, roubavam brasileiros também. Acreditamos que vão aparecer novas vítimas deste grupo, devido à exposição na mídia”, declarou o delegado.
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