O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF),
cobrou a Câmara dos Deputados sobre a demora em instalar uma
comissão para analisar um pedido de impeachment do presidente
Michel Temer. O pedido foi apresentado em dezembro do ano
passado pelo advogado Mariel Márley Marra, de Minas Gerais.
cobrou a Câmara dos Deputados sobre a demora em instalar uma
comissão para analisar um pedido de impeachment do presidente
Michel Temer. O pedido foi apresentado em dezembro do ano
passado pelo advogado Mariel Márley Marra, de Minas Gerais.
Em abril, o magistrado concedeu uma liminar (decisão provisória)
ao advogado determinando que o então presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), instalasse uma comissão especial na
Casa para analisar o caso, nos moldes do que ocorreu com a
ex-presidente Dilma Rousseff.
ao advogado determinando que o então presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), instalasse uma comissão especial na
Casa para analisar o caso, nos moldes do que ocorreu com a
ex-presidente Dilma Rousseff.
Marra recorreu ao STF porque Cunha havia rejeitado abrir processo
de impedimento contra Temer com a justificativa de que não havia
indício de crime por parte do peemedebista.
de impedimento contra Temer com a justificativa de que não havia
indício de crime por parte do peemedebista.
A Câmara, no entanto, ignorou a ordem judicial de Marco Aurélio Mello
e nunca instalou a comissão. No mês passado, o advogado mineiro
enviou um documento ao STF questionando o fato de a decisão do
magistrado não ter sido cumprida pela direção da Câmara.
e nunca instalou a comissão. No mês passado, o advogado mineiro
enviou um documento ao STF questionando o fato de a decisão do
magistrado não ter sido cumprida pela direção da Câmara.
Marco Aurélio determinou terça-feira (6) que a mesa diretora da
Câmara informe por que não cumpriu o prazo de 48 horas previsto
no regimento interno para a indicação dos integrantes da comissão
especial após a instalação do colegiado.
Câmara informe por que não cumpriu o prazo de 48 horas previsto
no regimento interno para a indicação dos integrantes da comissão
especial após a instalação do colegiado.
"O impetrante [Mariel Márley Marra], na petição/STF nº 68.047/2016,
sustenta o não cumprimento da medida liminar implementada. Diga
o impetrado [Mesa da Câmara], inclusive sobre a alegada inobservância
do artigo 33, § 1º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados",
escreveu o ministro no despacho.
sustenta o não cumprimento da medida liminar implementada. Diga
o impetrado [Mesa da Câmara], inclusive sobre a alegada inobservância
do artigo 33, § 1º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados",
escreveu o ministro no despacho.
O magistrado liberou em maio a ação que pede a abertura do processo
de impeachment de Temer para julgamento no plenário do STF, mas
até o momento a Corte ainda não analisou o processo. Não há
previsão de quando os ministros da Suprema Corte irão apreciar o caso.
de impeachment de Temer para julgamento no plenário do STF, mas
até o momento a Corte ainda não analisou o processo. Não há
previsão de quando os ministros da Suprema Corte irão apreciar o caso.
Desobediência do Senado
No mesmo dia em que cobrou que a Câmara cumpra sua decisão
liminar em relação ao processo de impeachment, Marco Aurélio
assistiu ao Senado descumprir outra liminar que ele concedeu,
neste caso para afastar o presidente da Casa, senador Renan Calheiros
(PMDB-AL).
liminar em relação ao processo de impeachment, Marco Aurélio
assistiu ao Senado descumprir outra liminar que ele concedeu,
neste caso para afastar o presidente da Casa, senador Renan Calheiros
(PMDB-AL).
A mesa diretora do Senado decidiu nesta terça que aguardará
o plenário do Supremo julgar o caso para cumprir a decisão liminar
(provisória) de Marco Aurélio de afastar o presidente da Casa.
o plenário do Supremo julgar o caso para cumprir a decisão liminar
(provisória) de Marco Aurélio de afastar o presidente da Casa.
A decisão foi tomada durante uma reunião entre os integrantes da
Mesa Diretora com Renan.
Mesa Diretora com Renan.
A liminar de Marco Aurélio que afastou o presidente do Senado do
cargo será analisada pelo plenário do Supremo na tarde desta quarta,
a partir das 14h.
cargo será analisada pelo plenário do Supremo na tarde desta quarta,
a partir das 14h.
O pedido de impeachment
No pedido de impeachment, o advogado de Minas argumentou que
Michel Temer cometeu o mesmo ato de Dilma ao assinar decretos que
abriram créditos suplementares sem autorização do Congresso
Nacional, que seriam incompatíveis com a meta de resultado primário.
A assinatura desse decretos é uma das acusações apresentadas
contra a petista no processo de impeachment que a afastou da
Presidência da República.
Michel Temer cometeu o mesmo ato de Dilma ao assinar decretos que
abriram créditos suplementares sem autorização do Congresso
Nacional, que seriam incompatíveis com a meta de resultado primário.
A assinatura desse decretos é uma das acusações apresentadas
contra a petista no processo de impeachment que a afastou da
Presidência da República.
Ao conceder a liminar, Marco Aurélio entendeu que a Câmara não
podia arquivar o processo fazendo análise de mérito do pedido.
Ou seja, na visão do ministro do STF, não cabia à casa legislativa
avaliar se houve ou não crime de responsabilidade. Na decisão,
o magistrado destacou que o presidente da Câmara é responsável
apenas por analisar se os requisitos para abrir o processo de
impeachment foram cumpridos.
podia arquivar o processo fazendo análise de mérito do pedido.
Ou seja, na visão do ministro do STF, não cabia à casa legislativa
avaliar se houve ou não crime de responsabilidade. Na decisão,
o magistrado destacou que o presidente da Câmara é responsável
apenas por analisar se os requisitos para abrir o processo de
impeachment foram cumpridos.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já enviou parecer
ao Supremo no qual no qual opinou que Eduardo Cunha não cometeu
ilegalidade ao rejeitar o pedido de impeachment apresentado
contra Temer.
ao Supremo no qual no qual opinou que Eduardo Cunha não cometeu
ilegalidade ao rejeitar o pedido de impeachment apresentado
contra Temer.
Em razão disso, o procurador opinou pela cassação da liminar do
ministro Marco Aurélio que mandou prosseguir com o processo.
ministro Marco Aurélio que mandou prosseguir com o processo.
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