Manifestantes levaram vassouras e baldes nesta segunda-feira (25) para a Praça dos Três Poderes e lavaram o chão em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O ato foi um protesto contra o tempo levado pela Corte para decidir sobre um pedido de afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Segundo policiais e seguranças ouvidos pelo G1, não houve distúrbio ou necessidade de intervenção durante o ato, que se estendia até o início da noite.
O pedido para afastar Cunha do mandato e da presidência da Câmara foi apresentado em dezembro do ano passado pela Procuradoria Geral da República (PGR). No pedido, a PGR listou 11 fatos que revelariam tentativas de Cunha em atrapalhar investigações da Operação Lava Jato.
Na semana passada, o ministro Teori Zavascki, relator, afirmou que ainda examina o pedido e sinalizou com a cabeça que ainda não há prazo para decidir.
Alguns dos manifestantes estavam vestidos com camisas de campanha de Dilma e portavam bandeiras do PT. Durante o ato, eles também gritaram palavras de ordem contra o ministro Gilmar Mendes, por sua posição crítica ao governo do PT, e contra o vice-presidente Michel Temer, chamado de "traidor e conspirador" por causa das articulações para formar um novo governo, em caso de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Foi no exercício do cargo que Eduardo Cunha aceitou denúncia contra Dilma, o que deu início ao processo de impeachment.
Em março, por 10 votos a 0, o STF acolheu denúncia contra o deputado, suspeito de ter recebido ao menos US$ 5 milhões em propina de um contrato da Petrobras. Além disso, Cunha também é investigado em outros dois inquéritos: um sobre contas na Suíça que teriam recebido propina e atribuídas a ele; e outra sobre propina para obras do Porto Maravilha, no Rio.
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