Apadrinhado pelo presidente da Câmara no cargo de
vice-presidente do banco público, Fábio Cleto pode
ser o sétimo investigado da Lava Jato a implicar
Cunha em esquemas de corrupção.
Em negociação para fechar acordo de delação premiada,
o ex-vice presidente de Fundos de Governo e Loterias da
Caixa Econômica Federal Fábio Cleto confirmou que
houve pagamentos de propina ao presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Segundo reportagem do jornalFolha de S. Paulo
publicada nesta sexta-feira, Cleto teria ratificado
os relatos dos delatores da Carioca Engenharia,
Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior,
de que Cunha cobrou 52 milhões de reais para
a liberação de verbas do fundo de investimentos do
FGTS para o projeto Porto Maravilha, do qual a
empreiteira participou em consórcio com as
construtoras OAS e Odebrecht.
Se confirmada a delação, Cleto será o sétimo investigado
da Operação Lava Jato a implicar Cunha em esquemas
de corrupção. As revelações foram dadas em uma fase
premilinar à colaboração premiada que está sendo
negociada com a Procuradoria-Geral da República
(PGR). Cleto, que foi indicado ao cargo na Caixa por
Eduardo Cunha, foi exonerado do cargo pela presidente
Dilma Rousseff em dezembro do ano passado.
O presidente da Câmara não quis comentar as denúncias.
Anteriormente, ela havia negado que recebeu dinheiro
ilícito da Carioca Engenharia.
Alvo de duas denúncias no âmbito da Lava Jato,
Eduardo Cunha é réu em um dos processos, cujo objeto é o
pagamento de 5 milhões de dólares propina por um contrato
da Samsung Heavy Industries com a Petrobras.
Cunha também é investigado em outros três inquéritos
da PGR. Um deles é o caso da Carioca Engenharia e os
outros dois estão sob sigilo.
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