sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Mulher diz ter sido forçada a fazer sexo com príncipe Andrew

Reuters

Príncipe Andrew, da Grã-Bretanha, durante evento no Japão
Príncipe Andrew, da Grã-Bretanha, durante evento no Japão
Foto: Reuters
Por Letitia Stein
TAMPA, Estados Unidos (Reuters) - O Palácio de Buckingham negou nesta sexta-feira as acusações feitas por uma mulher que disse em documentos judiciais nos Estados Unidos que foi forçada a fazer sexo quando era menor com o príncipe britânico Andrew e outras figuras de destaque ligadas a um rico empresário norte-americano.
A mulher, conhecida como "Jane Doe #3" no processo apresentando nesta semana no Distrito Sul da Flórida, disse que o financiador Jeffrey Epstein a forçou a fazer sexo com o Duque de York em Londres, Nova York e numa ilha particular no Caribe como parte de "uma orgia com inúmeras outras meninas menores de idade", de acordo com os documentos.
"Epstein instruiu Jane Doe #3 que ela deveria dar ao príncipe tudo o que ele exigisse e que Jane Doe #3 contasse para ele depois sobre os detalhes do abuso sexual", de acordo com o processo.
As acusações surgiram como parte de um processo civil em andamento interposto contra o governo dos Estados Unidos por várias mulheres que dizem ter sido abusadas por Epstein, que cumpriu pena de prisão por acusações estaduais de abuso sexual infantil, mas não foi processado num tribunal federal como parte de um acordo de confissão.
O príncipe Andrew não foi citado como parte direta no processo.
"No entanto, para evitar qualquer dúvida, qualquer sugestão de atitude imprópria com menores de idade é categoricamente falsa", disse a porta-voz do Palácio de Buckingham, Meryl Walter.
O acusador não identificado disse que Epstein manteve a mulher como sua "escrava sexual" entre 1999 e 2002.
Ela também disse que teve relações sexuais em aviões privados e em vários locais nos Estados Unidos com Alan Dershowitz, professor emérito da Universidade de Harvard e proeminente advogado norte-americano que representou Epstein.
Dershowitz considerou as reivindicações da mulher "completamente falsas".
Um advogado da Flórida que representa a mulher não retornou imediatamente um pedido para comentar o assunto.
(Reportagem adicional de Stephen Addison)

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