Um grupo de pesquisadores acaba de realizar um feito inédito no Brasil. A partir de relatos de testemunhas e de uma imagem de radar meteorológico, cientistas brasileiros calcularam a orbita de um meteoro e localizaram a rocha no lugar previsto.
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Na tarde de 09 de janeiro 2015, uma grande bola de fogo vinda do espaço foi vista cruzando o céu de diversas cidades do Estado de São Paulo. Logo em seguida, um violento estrondo provocado pela onda de choque também foi ouvido por centenas de pessoas, sem que soubessem exatamente do que se tratava.
A explosão deixou uma espécie de rastro de fumaça, que se manteve visível por vários minutos sobre algumas regiões do interior paulista.
Primeiros Relatos
Neste dia, a BRAMON, Rede Brasileira de Observadores de Meteoros e o Apolo11.com receberam diversos relatos sobre a bola de fogo, mas como sempre acontece nestas ocasiões, as informações eram bastante confusas e contraditórias, mas pelas descrições, não havia dúvida de que se tratava da entrada de um meteoro na atmosfera.
O evento poderia ter ficado apenas na curiosidade, mas a grande quantidade de avistamentos fez o pesquisador Carlos Eduardo Augusto de Pietro, ligado à Bramon, plotar sobre um mapa as observações mais críticas, que permitissem a ele traçar a possível rota e talvez um polígono da queda.
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Além das observações visuais filtradas, Di Pietro também pesquisou dados meteorológicos, imagens de satélites e diversos frames do radar de Bauru, no interior de São Paulo, conseguindo reduzir bastante o local de busca, apontado como uma pequena propriedade na cidade paulista de Porangaba.
Em Busca da Rocha
Uma semana após o evento, no dia 16 de janeiro, o pesquisador da BRAMON Renato Cassio Poltronieri, ligado ao Clube de Astronomia de Nhandeara, seguiu rumo ao possível local de queda e encontrou na cidade - não por coincidência - a pesquisadora Maria Elizabeth Zucoloto, uma das maiores autoridades brasileiras sobre meteoritos.
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Zucoloto estava em Porangaba a pedido do dono sítio, pois o caseiro que estava sentado na varanda escutou uma estranha explosão e notou que algo tinha caído no chão, a cerca de 15 metros de distância. Alguns instantes depois ouviu um novo impacto, mas bem mais longe.
Ao vasculhar a área, o caseiro Júlio encontrou o meteorito caído na terra, a cerca de 25 centímetros de profundidade.
Ao chegarem ao sítio, Poltronieri e Zucolloto mostraram ao dono da propriedade o mapa com a possível localização da rocha, que ficou espantado com a precisão calculada. O local era a poucos metros do ponto do impacto.
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As primeiras análises revelaram que o meteorito é um condrito com cerca de 6 centímetros de comprimento e aproximadamente 4.56 bilhões de anos, ou seja, um remanescente dos primeiros momentos da formação do Sistema Solar.
Histórico
Segundo Poltronieri, esse é o 4º meteorito encontrado no Estado de São Paulo, que receberá o nome de Porangaba em homenagem à cidade onde foi encontrado.
"Isso é histórico. Todos aqueles que amam a ciência sabem da importância destes achados. Sua trajetória foi mapeada pela Bramon mesmo sem termos visto ou registrado o evento através da nossa rede, apenas por relatos de pessoas que enviaram as noticias e dados ao amigo Carlos Di Pietro", disse Poltronieri, emocionado.
Agora, uma nova equipe da BRAMON deverá visitar o sítio ainda nesta semana e tentar localizar a segunda rocha que caiu nas proximidades.
Parabéns à BRAMON!
Artes: no topo, meteorito Porangaba na mão de um dos pesquisadores. Na sequência, professora Zucolloto analisa a cratera formada pelo impacto da rocha. Acima, pesquisador Renato Cassio Poltronieri mostra orgulhoso o meteorito Porangaba, o quarto encontrado no Estado de São Paulo. Créditos: Bramon, Apolo11.com.
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A explosão deixou uma espécie de rastro de fumaça, que se manteve visível por vários minutos sobre algumas regiões do interior paulista.
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Neste dia, a BRAMON, Rede Brasileira de Observadores de Meteoros e o Apolo11.com receberam diversos relatos sobre a bola de fogo, mas como sempre acontece nestas ocasiões, as informações eram bastante confusas e contraditórias, mas pelas descrições, não havia dúvida de que se tratava da entrada de um meteoro na atmosfera.
O evento poderia ter ficado apenas na curiosidade, mas a grande quantidade de avistamentos fez o pesquisador Carlos Eduardo Augusto de Pietro, ligado à Bramon, plotar sobre um mapa as observações mais críticas, que permitissem a ele traçar a possível rota e talvez um polígono da queda.
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Além das observações visuais filtradas, Di Pietro também pesquisou dados meteorológicos, imagens de satélites e diversos frames do radar de Bauru, no interior de São Paulo, conseguindo reduzir bastante o local de busca, apontado como uma pequena propriedade na cidade paulista de Porangaba.
Em Busca da Rocha
Uma semana após o evento, no dia 16 de janeiro, o pesquisador da BRAMON Renato Cassio Poltronieri, ligado ao Clube de Astronomia de Nhandeara, seguiu rumo ao possível local de queda e encontrou na cidade - não por coincidência - a pesquisadora Maria Elizabeth Zucoloto, uma das maiores autoridades brasileiras sobre meteoritos.
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Ao vasculhar a área, o caseiro Júlio encontrou o meteorito caído na terra, a cerca de 25 centímetros de profundidade.
Ao chegarem ao sítio, Poltronieri e Zucolloto mostraram ao dono da propriedade o mapa com a possível localização da rocha, que ficou espantado com a precisão calculada. O local era a poucos metros do ponto do impacto.
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Histórico
Segundo Poltronieri, esse é o 4º meteorito encontrado no Estado de São Paulo, que receberá o nome de Porangaba em homenagem à cidade onde foi encontrado.
"Isso é histórico. Todos aqueles que amam a ciência sabem da importância destes achados. Sua trajetória foi mapeada pela Bramon mesmo sem termos visto ou registrado o evento através da nossa rede, apenas por relatos de pessoas que enviaram as noticias e dados ao amigo Carlos Di Pietro", disse Poltronieri, emocionado.
Agora, uma nova equipe da BRAMON deverá visitar o sítio ainda nesta semana e tentar localizar a segunda rocha que caiu nas proximidades.
Parabéns à BRAMON!
Artes: no topo, meteorito Porangaba na mão de um dos pesquisadores. Na sequência, professora Zucolloto analisa a cratera formada pelo impacto da rocha. Acima, pesquisador Renato Cassio Poltronieri mostra orgulhoso o meteorito Porangaba, o quarto encontrado no Estado de São Paulo. Créditos: Bramon, Apolo11.com.
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