Mais de 1 milhão de pessoas foram deslocadas devido à tempestade.
Tufão destruiu casas e derrubou árvores e redes de energia.
Do G1, em São Paulo
Crianças correm para abrigo na região costeira para se abrigar do tufão Hagupit, em Manila (Foto: Reuters)
Um tufão que atingiu as Filipinas no fim de semana deixou pelo menos 23 mortos, segundo informou nesta segunda-feira (8) a Cruz Vermelha filipina à agência France Press. De acordo com Gwendolyn Pang, secretária-geral da organização, 18 pessoas morreram na ilha oriental de Samar, onde o tufão Hagupit tocou a terra no sábado (6) com ventos de 210 km/h.
Segundo a agência Reuters, mais de 1 milhão de pessoas precisaram ser deslocadas por causa da tormenta. A tempestade se aproxima lentamente - a 10 km/h - da capital do país, Manila.
Apesar de os ventos do Hagupit terem diminuíram dos 160 para os 105 km/h no último dia, o Conselho de Gestão e Redução de Risco de Desastres do país reitera que a tempestade ainda representa uma grande ameaça.
"Estamos em estado de alerta", declarou o prefeito de Manila, Joseph Estrada. "O que mais nos preocupa são as inundações", completou.
"Estamos em estado de alerta", declarou o prefeito de Manila, Joseph Estrada. "O que mais nos preocupa são as inundações", completou.
O aeroporto de Manila suspendeu dezenas de voos.
No domingo (7), o tufão atingiu a região central das Filipinas, destruindo casas e derrubando árvores e redes de energia em áreas que ainda se recuperam de uma super-tempestade ocorrida há pouco mais de um ano.
Nas aldeias costeiras de Dolores, na ilha de Samar, onde o tufão atingiu primeiramente a terra firme na noite de sábado, o prefeito Emiliana Villacarillo disse que cerca de 80% das casas foram destruídas. "Somente as grandes casas ficaram de pé", disse ele, acrescentando que inundações também destruíram lavouras de arroz numa região-chave de crescimento.
Hagupit, que dias antes tinha atingido a categoria 5 de força de "supertufão" enquanto passava pelo Oceano Pacífico, enfraqueceu-se no domingo para a categoria 2 (que tem ventos entre 150 e 170 km/h), ao atingir a terra firme por uma segunda vez na cidade de Cataingan no sul da ilha de Masbate.
"A devastação é enorme em casas por causa dos ventos fortes", disse o secretário do Interior, Manuel Roxas, à rádio local DzBB desde Samar. "Muitas pessoas voluntariamente retornaram para abrigos, um número maior do que aqueles que fugiram para os centros um dia antes", acrescentou.
No entanto, o tufão Hagupit não pareceu ter causado devastação na mesma escala do mortal tufão do ano passado, o "Haiyan", em parte porque houve uma massiva operação de retirada de moradores de áreas costeiras e propensas a deslizamentos antes que a tempestade chegasse.
Mais de 1,2 milhão de pessoas fugiram para 1.500 escolas, centros civis, prefeituras, academias e igrejas usadas como centros de abrigo por toda a área central das Filipinas, disse Gwendolyn Pang, secretária-geral da Cruz Vermelha filipina.
Passagem de tufão mata pelo menos 21 pessoas nas Filipinas - GNews (Foto: Reprodução/GloboNews)
Roxas disse equipes de resgate limparam a rodovia que dá acesso a Dolores de cerca de 25 a 30 enormes árvores caídas. Alguns moradores estavam nas ruas pedindo comida, água e outros suprimentos.
Não houve relatos iniciais de características de tempestade que foram tão destrutivas durante o tufão Haiyan, que matou mais de 7 mil pessoas em todo o centro das Filipinas.
"Os danos estruturais foram provocados principalmente pelo vento, e não por impulso da tempestade", disse a porta-voz presidencial Abigail Valte.
O número de vítimas fatais pode aumentar à medida que os soldados avancem aos locais mais isolados. As autoridades aguardam informações das 7.100 ilhas que integram o arquipélago. A tempestade deve terminar de atravessar o país na terça-feira.
20 tufões por ano
Filipinas, país em desenvolvimento e que tem 100 milhões de habitantes, registra anualmente a média de 20 tufões.
20 tufões por ano
Filipinas, país em desenvolvimento e que tem 100 milhões de habitantes, registra anualmente a média de 20 tufões.
Por sua situação geográfica, o arquipélago é a primeira massa terrestre importante encontrada pelos tufões que se formam no Oceano Pacífico.
Os cientistas acreditam que a violência das tempestades e tufões é provocada pela mudança climática dos últimos anos.
O diretor executivo do Greenpeace, Kumi Naidoo, fez um apelo aos delegados que participam na conferência do clima de Lima (Peru) a adotar medidas.
"A natureza não negocia. Temos que acordar. O tempo é curto", disse Naidoo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário