domingo, 28 de dezembro de 2014

Estado Islâmico executou quase 2 mil pessoas desde proclamação do califado

Cairo, 28 dez (EFE). - A organização extremista Estado Islâmico executou 
extrajudicialmente 1.878 pessoas na Síria desde 28 de junho deste ano,
 quando proclamou um "califado" neste país e no Iraque, denunciou neste
 domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Segundo os dados da ONG, 1.175 pessoas assassinadas eram civis, 
sendo quatro menores e oito mulheres. A instituição, que garantiu ter
 constatado as mortes, acrescentou que as pessoas morreram a tiros, 
degoladas, decapitadas ou apedrejadas.
O Observatório, que conta com um grande número de voluntários no 
território sírio, declarou que mais de 930 vítimas eram da tribo de al-Shaitaat, 
que resistiu ao avanço do Estado Islâmico na província de Deir ez-Zur.
Os assassinatos a sangue frio registrados pela instituição foram nas 
províncias de Deir ez-Zur (leste), al-Raqqa (nordeste), al-Hasakah (nordeste),
 Aleppo (noroeste), Homs (oeste) e Hama (oeste).
Segundo o levantamento do OSDH, 81 vítimas eram rebeldes de outras
 facções, incluindo outros grupos jihadistas como a Frente al Nusra, filial
 da Al Qaeda na Síria, que foram capturadas em enfrentamentos ou em
 postos de controle levantados nas zonas de influência de EI.
Além disso, o Estado Islâmico executou neste período 120 de seus próprios 
membros, segundo o OSDH, que informou que muitos deles eram estrangeiros 
que foram detidos quando tentavam voltar a seus países.
A ONG síria também indicou que 50 oficiais, soldados e milicianos
 pró-governo foram assassinados após ser capturados.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos advertiu que os quantitativos 
podem ser maiores por conta das centenas de pessoas desaparecidas 
em centros de detenção do grupo jihadista e que se desconhece o paradeiro
 de mil membros da tribo al-Shaitaat.
Em comunicado, o OSDH também informou que há dezenas
 de cidadãos curdos desaparecidos desde o começo da ofensiva contra a
 população curdo-síria de Kobani, em 16 de setembro.
Segundo a ONU, mais de 200 mil pessoas morreram na Síria desde quando 
começou a guerra, em março de 2011.
EFE

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