Com a chegada do tufão Hagupit à região leste da Filipinas neste sábado (6), fazendo com que mais de meio milhão de pessoas fugissem para abrigos da região. Fortes ventos derrubaram árvores no leste filipino, trazendo chuvas intensas e ameaçando causar mais destruição em áreas que ainda mostram as cicatrizes de um supertufão de 13 meses atrás.
Segundo a agência Reuters, com a tempestade, a eletricidade foi cortada na maior parte da ilha central filipina de Samar e nas proximidades da província de Leyte, incluindo Tacloban City, considerado o marco zero do devastador supertufão Haiyan no ano passado.
"O vento é muito forte, parece que está girando", disse Mabel Evardone, funcionário da cidade costeira de Sulat em Samar Oriental, à rádio local. "As águas subiram agora."
Não havia nenhuma menção sobre casos fatais.
O Hagupit foi classificado como tempestade de categoria 3, dois pontos abaixo do "super tufão", mas ainda assim pode desencadear uma enorme destruição com chuvas torrenciais e ondas com picos de até 4,5 metros, disse o serviço meteorológico. Com ventos de até 175 quilômetros por hora e rajadas de até 210 quilômetros por hora, a tempestade ganhou velocidade enquanto se movia a noroeste a 16 quilômetros por hora.
Em 2013, durante a cúpula de Varsóvia, o Haiyan afetava o país asiático. Na época, o negociador-chefe da delegação das Filipinas, Yeb Sano, estava preocupado à espera de notícias de parentes e implorou por medidas de combate às mudanças climáticas.
Desta vez, na COP 20, o apelo veio do ambientalista filipino Voltaire Alferez, da organização Aksyon Klima (Ação Climática, em filipino). “Há um ano, estávamos vendo a calamidade criada pelo tufão. Agora, estamos em situação similar. As Filipinas mal se recuperaram”, disse ele.
Alferez afirmou que esse tipo de padrão meteorológico está se repetindo ano após ano naquela região e que é preciso agilizar a criação de um novo acordo global para reduzir as emissões de gases-estufa.
O excesso de gases como o dióxido de carbono (CO2), emitido pela queima de combustíveis fósseis, aumenta a temperatura do planeta e provoca alterações como chuvas em excesso, degelo dos polos e mais tempestades grandiosas, e mortais, como o Hagupit.
“Temos que concentrar nossa atenção em um acordo ambicioso para assegurar que o mundo não ultrapasse os 2ºC de aumento na temperatura”, explicou.
O presidente da conferência, o ministro do Meio Ambiente, Manuel Pulgar Vidal, disse ao G1 que esse tufão nas Filipinas "ressalta o nível de urgência e ambição" para responder às mudanças climáticas.
O encontro entre diplomatas e cientistas ocorre em Lima até o dia 12 de dezembro e quer obter o rascunho inicial de um acordo que obrigue as nações a diminuir suas emissões a partir de 2020. Com isso, será possível evitar alterações no clima que culminem em desastres naturais.
Até este sábado (6), ainda não havia uma prévia do texto que será discutido na próxima semana por ministros do Meio Ambiente, durante o Segmento de Alto Nível.
País foi o mais prejudicado por desastres
Levantamento divulgado nesta semana na COP 20 havia apontado que as Filipinas foram o país mais afetado por desastres naturais em 2013, devido à passagem do supertufão Haiyan, que matou ao menos 6 mil pessoas e causou perdas equivalentes a US$ 13 bilhões na economia.
Os dados fazem parte do Índice de Risco Climático Global, da organização Germanwatch, que chega este ano à décima edição e avaliou 182 países.
País foi o mais prejudicado por desastres
Levantamento divulgado nesta semana na COP 20 havia apontado que as Filipinas foram o país mais afetado por desastres naturais em 2013, devido à passagem do supertufão Haiyan, que matou ao menos 6 mil pessoas e causou perdas equivalentes a US$ 13 bilhões na economia.
Os dados fazem parte do Índice de Risco Climático Global, da organização Germanwatch, que chega este ano à décima edição e avaliou 182 países.
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