A Polícia Civil segue em busca de mais informações sobre as supostas 43 vítimas do serial killer confesso Sailson José das Graças, de 26 anos. De acordo com o delegado Marcelo Machado, da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, além das quatro mortes das quais o jovem é suspeito, outra duas mulheres teriam sido identificadas por foto na delegacia pelo suposto autor do crime. Uma delas tinha um filho de 2 anos, que também foi morto. No total, a política tem identificação de sete pessoas que Sailson diz que matou.
A história bate com a contada por Sailson ao ser preso. Ele teria ficado surpreso com a presença da criança em casa, já que havia estudado a melhor maneira de matar a vítima. O bebê de 2 anos teria chorado e Saílson resolveu matá-lo. Uma outra criança de 5 anos também estava em casa no momento do crime, mas não foi morta pelo suspeito porque teria ficado quieta, segundo a polícia.
Até as 18h, a DH não havia tido teve acesso aos inquéritos destas três mortes, por terem sido registradas em outras unidades. No mesmo horário, uma mulher que sobreviveu a um ataque de Saílson prestava depoimento.
Após ser detido, o suspeito disse já ter matado 38 mulheres, três homens e uma criança. Além das duas identificadas por fotos, que não tiveram a identidade revelada, e da criança, Sailson foi preso em flagrante por matar Fátima Miranda a facadas. O crime teria sido encomendado por Cleusa Balbina, que era companeira de Sailson, e José Messias, ex-marido dela, que também foram presos. Os três moravam juntos na mesma casa no bairro Corumbá, em Nova Iguaçu, na Baixada, desde o início deste ano.
Morte por R$ 40
Outros três homens também teriam sido mortos a mando dos dois. Paulo Vasconcelos, de 52 anos, morreu em dezembro de 2011, no bairro Amaral, em Nova Iguaçu, supostamente devido a uma dívida de R$ 40. Francisco Carlos Chagas, de 49 anos, foi morto a facadas, no bairro Corumbá, também em Nova Iguaçu, em 23 de outubro de 2014. A morte teria sido encomendada pela Cleusa por causa do roubo de um celular. Raimundo Basílio da Silva, 60 de anos, morreu em 30 deste ano, no bairro Santa Rita, no mesmo município, por causa de uma desavença com Cleusa. A última vítima, Fátima Miranda, teve a morte encomendada por José Messias, após uma discussão com Cleusa.
Outros três homens também teriam sido mortos a mando dos dois. Paulo Vasconcelos, de 52 anos, morreu em dezembro de 2011, no bairro Amaral, em Nova Iguaçu, supostamente devido a uma dívida de R$ 40. Francisco Carlos Chagas, de 49 anos, foi morto a facadas, no bairro Corumbá, também em Nova Iguaçu, em 23 de outubro de 2014. A morte teria sido encomendada pela Cleusa por causa do roubo de um celular. Raimundo Basílio da Silva, 60 de anos, morreu em 30 deste ano, no bairro Santa Rita, no mesmo município, por causa de uma desavença com Cleusa. A última vítima, Fátima Miranda, teve a morte encomendada por José Messias, após uma discussão com Cleusa.
Para Cleuza, ele costumava dizer: "Vou sair para a caçada", de acordo com depoimentos. Segundo a investigação, ela sustentava Sailson e pagava pelos crimes encomendados dando dinheiro, roupas e comida.
Livros e filmes eram inspiração
Ele contou ao delegado Marcel Machado que estudou até o quinto ano do primeiro grau e que gostava de ler livros na biblioteca da prisão e de ver filmes policiais, de onde teria aprendido algumas técnicas para não deixar vestígios dos crimes, como usar touca, luvas ou cortar as unhas das vítimas quando havia luta corporal.
Ele contou ao delegado Marcel Machado que estudou até o quinto ano do primeiro grau e que gostava de ler livros na biblioteca da prisão e de ver filmes policiais, de onde teria aprendido algumas técnicas para não deixar vestígios dos crimes, como usar touca, luvas ou cortar as unhas das vítimas quando havia luta corporal.
"Às vezes pensava que eu era meio maluco, mas outras vezes achava que era normal. Matava porque gostava. Não me arrependo e, quando sair [da cadeia], provavelmente vou matar de novo", disse, friamente, na delegacia.
Outras prisões
Sailson já tinha sido preso pelo menos quatro vezes por roubo, furto e porte de arma, e nunca fugiu. Ao delegado, contou que gostava da cadeia e até perguntou ao ser preso se iria para a penitenciária em Niterói, pois gostava muito de lá. Sailson contou ao delegado que nunca trabalhou, mas fazia alguns "biscates", como pintar um muro ou plantar uma árvore.
Sailson já tinha sido preso pelo menos quatro vezes por roubo, furto e porte de arma, e nunca fugiu. Ao delegado, contou que gostava da cadeia e até perguntou ao ser preso se iria para a penitenciária em Niterói, pois gostava muito de lá. Sailson contou ao delegado que nunca trabalhou, mas fazia alguns "biscates", como pintar um muro ou plantar uma árvore.
Contou que o pai morreu eletrocutado em um acidente de trabalho quando ele tinha 11 anos. Segundo o delegado, Sailson tem ex-mulher, um filho e mãe vivos e é de família religiosa. Até o início da tarde desta quinta (11), nenhum parente apareceu na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Os três presos não tinham advogado até o fim da tarde.
Avaliação do psiquiátra
O psiquiatra Jairo Werner assistiu ao vídeo da entrevista de Sailson José das Graças e afirmou que ele parece ter plena compreensão do que estava fazendo.
O psiquiatra Jairo Werner assistiu ao vídeo da entrevista de Sailson José das Graças e afirmou que ele parece ter plena compreensão do que estava fazendo.
“Ele tem entendimento. Ele um tipo de determinação, de obsessão e ele faz tudo para conseguir aquilo. Então ele se previne de alguma forma e, em tese, esta personalidade não tem uma deficiência mental”, afirmou o médico.
Para Jairo Werner, Sailson identificava os seus alvos e, com frieza, conseguia até tomar medidas para não ser descoberto pelas autoridades ao conseguir matar suas vítimas. Além disso, identificou traços obsessivos no discurso do homem, que foi preso em flagrante após matar Fátima Miranda a facadas em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. “Ele entende o que está acontecendo e, de certa forma, ele localiza o tipo de alvo e, a partir dali, ele se torna obsessivo até alcançar aquele objetivo”, falou Werner.
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