sábado, 30 de janeiro de 2016

ALERTA MÁXIMO PARA ZIKA: Cresce relatos de pessoas que contraíram a doença na Região dos Lagos


A zika ganhou espaço na imprensa no mundo todo nesta semana, após a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitir alerta para a explosão do vírus em todos os continentes. A situação é tão grave, que a diretora da OMS, Margaret Chan, declarou que o "nível de alarme é extremamente alto, pois a epidemia da doença se espalha de forma explosiva. Estou preocupada com a rapidez com que a situação tem evoluído", disse Chan na entrevista.

A situação requer atenção máxima das autoridades da Saúde, inclusive da Região dos Lagos. Nas redes sociais crescem os relatos de internautas que contraíram a doença. Famílias inteiras que apresentaram os sintômas em Cabo Frio, Arraial do Cabo, Búzios, São Pedro da Aldeia e Araruama. Não há dados oficiais do número de casos registrados e comprovados, emitidos pelas Secretarias Municipais de Saúde da região. A equipe do Portal RC24h está buscando essa informação junto à cada município. Mas só pelos relatos nas redes sociais, dá para se ter uma ideia de quão grave está o avanço da zika na Costa do Sol.

A internauta Ariadne Ricardo Félix contou que sete pessoas próximas a ela tiveram zika. "Minha sobrinha, meu sobrinho e eu, pegamos ao mesmo tempo, trabalhamos juntos. O rapaz ao lado da minha loja e o que mora em cima, minha amiga e meu irmão também. Ao todo sete pessoas", contou.


O mesmo aconteceu na família de Sharlaine Santos Areas. "Minha sogra e todos da casa dela que são sete pessoas tiveram zika". Jacicleide da Silva também teve muitos casos próximos. "Minha irmã, mãe, sobrinho e sobrinha, Pai, avó e tias. Todos com zika".

Neuzan Zaza Andrade teve a doença e contou como foi difícil. "Eu peguei Zika e foi a forma mais terrível. Fiquei quase um mês com inchacos nas articulações e vermelhão em todo corpo, sem contar conjutivite. E outra ela mexe com orgãos e parece uma bomba dentro da gente", contou.

Aretuza Maia contou que só o bebê não teve a doença ainda. "Aqui em casa só não pegou o bebê de um mês. Mas eu, meu marido e meu filho mais velho estamos com isso e é horrível!", relatou a internauta.

A internauta Kris Guerreira contou que pegou a doença na semana do Natal. "Começou com uma infecção urinária e eu entrei no antibiótico. Depois começou a inchar os pés, pernas e mãos. Fui no HCE (Hospital Central de Emergência) e fiz os exames, mas perderam os mesmos e tive que refazer. Na época, o medico falou que, embora não tivesse como provar e nem apresentava machas ainda, era para cuidar dos sintômas. Cheguei ao ponto de ficar sem andar e aos poucos foi melhorando. Os sintômas variam em cada pessoa. O HCE não têm estrutura nenhuma para identificar a zika e tratar", relatou a internauta. 

O internauta Carlinhos de Nina, contou que 13 pessoas da família dele tiveram a doença. "Várias pessoas que conheço tiveram a doença. Na minha família, que é da Praia do Siqueira, não escapou ninguém, 13 pessoas tiveram zika", contou.

Joel taxista, de Búzios, contou como foi que descobriu que está com zika. Veja o vídeo:



MAS O QUE É A ZIKA?

É uma doença viral aguda, transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e a chicungunha, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias.

NO BRASIL, OMS ESTIMA 1,5 MILHÃO DE CASOS DE ZIKA

O vírus zika pode infectar de 3 milhões a 4 milhões de pessoas nas Américas, incluindo 1,5 milhão no Brasil, estimou Marcos Espinal, diretor da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), entidade vinculada à OMS. Espinal disse que um estudo que ainda será publicado sugere uma correlação entre o zika e a microcefalia em recém-nascidos no Brasil.

"Não sabemos ainda se o vírus cruza a placenta e gera ou causa microcefalia. Achamos que tem algum papel. Não há dúvida sobre isso", disse Espinal.

No encontro em Genebra, o Diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, apresentou por telefone dados sobre os casos de microcefalia no país e ressaltou que o ministério trabalha apoiando institutos de pesquisa para desenvolver uma vacina.

COMBATE AO MOSQUITO É IMPORTANTE

Para evitar a proliferação da doença, a chave está no combate ao mosquito Aedes aegypti, que consiste em: não deixar água limpa acumulada em lugar nenhum.

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