sexta-feira, 25 de maio de 2012

Andreia Zito Blog



São paulo lança programa para solucionar o desaparecimento de crianças e governo do Rio demora na instalação da delegacia especializada.

Bons exemplos são para serem seguidos. O estado de São Paulo lançou hoje, 25/05, o Programa São Paulo em Busca das Crianças e dos Adolescentes Desaparecidos que usa a tecnologia e a integração com a Polícia Civil para que os menores desaparecidos sejam encontrados com mais eficiência.
Fico esperançosa de participar de um evento que mostra que é possível e simples mudar, basta se comprometer. Diferente do estado de São Paulo o Rio de janeiro parece não se movimentar em busca de solução.
O relatório de conclusão da CPI defendia a criação de uma delegacia especializada para casos de desparecimento de crianças e adolescentes. A nova unidade foi garantida pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que derrubou, por unanimidade, o veto do governador Sérgio Cabral ao projeto de lei 2.643/09, que cria o atendimento especializado. Infelizmente a delegacia foi aprovada no dia 06/09/2011 e após quase 8 meses ainda não temos nada. O governador do Rio parece não abrir os olhos para a triste realidade das crianças e adolescente desaparecidos.
Como relatora da CPI das Crianças e Adolescentes Desaparecidos sei bem que pequenas ações e boa vontade política pode reverter esse triste quadro. Hoje, por ano desaparecem 50 mil crianças e adolescentes no país. É esse o futuro que o país reserva para suas crianças?
Inúmeras crianças desaparecem por ano sem seus dados entrarem no Cadastro Nacional de Crianças Desaparecidas. Dia 27 de fevereiro o Cadastro foi relançado, o que é bem estranho, já que por diversas vezes, ele foi denunciado pela imprensa e pelas entidades de parentes de desaparecidos. O cadastro não funciona, simplesmente porque sua atualização depende de dados fornecidos pelas delegacias estaduais, que não são obrigadas a alimentar o sistema.
Segundo dados do Ministério da Justiça, no Rio de Janeiro, nos últimos 12 anos, desapareceram apenas 132 crianças, ou seja, 11 desaparecimentos por ano. Isso é um sinal de que as ações do governo estão funcionando ou só uma maquiagem para deixar esse problema de lado?
Enquanto isso São Paulo aposta na Progressão de Idade em 3D, tecnologia que desenha os rostos em alta definição das crianças e adolescentes desaparecidos, a partir do Banco de Imagem do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil para ajudar na solução do desaparecimento de menores.

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