A ministra Rosa Weber, presidente eleita do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), rejeitou nesta quarta-feira (18) um pedido para que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse declarado inelegível
antes mesmo de a candidatura dele ser registrada.
O pedido foi apresentado por integrantes do Movimento Brasil Livre
(MBL), na semana passada.
Lula está preso desde abril em Curitiba (PR), condenado em um
processo relacionado à Operação Lava Jato (entenda).
Em janeiro deste ano, após a condenação, o PT lançou o ex-presidente como pré-candidato ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro.
De acordo com o partido, o registro da candidatura acontecerá em
15 de agosto, quando o prazo será encerrado.
Entenda a decisão
A ação analisada por Rosa Weber, apresentada na última sexta-feira
(13), pedia a concessão de uma liminar (decisão provisória) para
"declarar desde já a incontroversa inelegibilidade" de Lula.
Ao analisar o caso, a ministra entendeu que os integrantes do MBL não
têm legitimidade para apresentar esse tipo de pedido e, por isso,
decidiu que sequer analisaria o caso.
Segundo Rosa Weber, o pedido é "genérico, apresentado por
coordenadores de um movimento social, antes do início do período
legalmente destinado à oficialização das candidaturas".
Rosa Weber destacou, ainda, que o pedido é impertinente, pois a
inelegibilidade somente pode ser questionada após a escolha do
candidato mediante convenção partidária e após o registro de candidatura.
"Enfrenta-se, a rigor, pedido de exclusão
de candidato, materializado em
instrumento procedimental atípico",
afirmou.
Segundo a ministra, o pedido foi feito "fora do intervalo temporal
especificamente designado pela lei para tanto".
"E há o devido processo legal a
cumprir, garantia constitucional
cuja observância condiciona a
legitimidade jurídica dos atos e decisões
do Estado-Juiz, em reverência ao
primado da lei", concluiu.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/07/18/ministra-do-stf-rejeita-pedido-para-declarar-ex-presidente-lula-inelegivel.ghtml
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