Mulheres choram incontrolavelmente, homens se ajoelham aos prantos e outros apenas olham incrédulos para uma mina de carvão no oeste da Turquia enquanto equipes de resgate retiram um fluxo constante de corpos, nesta quarta-feira (14), após explosão subterrânea e incêndio que matou pelo menos 245 mineiros.
Um número não preciso de pessoas continua no interior do local e os destinos desses trabalhadores ainda é sombrio após um dos piores desastres da mineração mundial em décadas.
O primeiro-ministro do país, Recep Tayyip Erdogan, adiou uma viagem ao exterior e figurou o número de mortos atualizado durante visita à mina de carvão em Soma, que fica a cerca de 250 quilômetros ao sul de Istambul. As mortes foram causadas por envenenamento por monóxido de carbono, de acordo com as autoridades.
Erdogan discutiu as operações de resgate com as autoridades e foi para perto da entrada da mina com uma enorme comitiva. Ele consolou duas mulheres que choravam, expressando tristeza. Mais cedo, o premiê declarou três dias de luto nacional, ordenando que bandeiras ficassem a meio mastro.
O ministro da Energia da Turquia, Taner Yildiz, disse que 787 pessoas estavam no interior da mina de carvão em Soma no momento da explosão, que aconteceu na terça, por causa de uma mudança de turno. Desse grupo, 450 foram resgatados e dezenas ficaram feridos, disse Yildiz aos repórteres enquanto supervisionava as operações que contam com mais de 400 equipes de resgate.
"Em relação a operação de resgate, posso dizer que as nossas esperanças estão diminuindo", disse Yildiz antes da visita de Erdogan.
O último trabalhador resgatado com vida surgiu por volta do amanhecer, disse um funcionário do governo em condição de anonimato porque não têm autorização prévia para dar informações públicas aos jornalistas sobre o acidente.
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