sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Temer nega participação em episódio com Yunes e diz que doação ao PMDB foi legal

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O Presidente Michel Temer negou nesta sexta-feira (24), por meio de 
nota, ter participado de episódio envolvendo uma suposta entrega de 
dinheiro ilícito no escritório de José Yunes, amigo e ex-assessor do
 presidente (leia a íntegra da nota ao final desta reportagem).
A nota foi divulgada após o teor do depoimento de Yunes à 
Procuradoria-Geral da República ter sido divulgado pela 
imprensa.
À PGR, ele disse que recebeu “documentos” do doleiro Lúcio 
Funaro a pedido do atual ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu 
Padilha, durante a campanha presidencial de 2014.
Mas, segundo delação premiada do ex-vice-presidente de 
Relações 
Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho, havia dinheiro no
 envelope. Yunes disse desconhecer o conteúdo do envelope,
 entregue no escritório dele, segundo afirmou, a pedido de Eliseu
 Padilha e retirado posteriormente por um emissário.
Cláudio Melo Filho afirmou na delação que, em um jantar no Palácio 
do Jaburu, Temer solicitou ao então presidente da empreiteira Marcelo
 Odebrecht pagamento ao PMDB. O valor solicitado, segundo o 
delator, era de R$ 10 milhões. Parte desse valor deveria ser 
entregue a Padilha.
De acordo com o delator, Yunes recebeu em seu escritório, em dinheiro 
vivo, R$ 4 milhões que seriam a parte que cabia a Padilha do valor 
acertado entre Temer e Marcelo Odebrecht. Após a revelação do 
conteúdo da delação de Melo, em dezembro, José Yunes pediu
 demissão do cargo de assessor especial da Presidência.
Segundo a nota da Presidência, Temer afirma que, quando presidente 
do PMDB, pediu “auxílio formal e oficial” à Odebrecht. Ele diz ainda 
que “não autorizou, nem solicitou que nada fosse feito sem amparo
 nas regras da Lei Eleitoral”.
De acordo com o Planalto, a construtora doou R$ 11,3 milhões ao
 PMDB em 2014 e, segundo a assessoria do presidente, todo o valor foi declarado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Padilha

Citado por José Yunes e Cláudio Melo Filho, o ministro-chefe da Casa
 Civil deve ser alvo de pedido de abertura de inquérito nos 
próximos dias.
O pedido de investigação deve ser enviado pelo procurador-geral da 
República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal após o 
carnaval.
Procurada pelo G1, a assessoria de Padilha disse que o ministro
 não vai se pronunciar sobre a fala de Yunes.
A TV Globo apurou que a PGR já iria pedir a abertura de inquérito 
antes mesmo do depoimento de Yunes, devido aos depoimentos dos
 delatores da Odebrecht. O pedido, agora, deve incluir a fala de José 
Yunes à Procuradoria.

Nota

Leia abaixo a nota divulgada pela Presidência da República:
Nota à Imprensa
Quando presidente do PMDB, Michel Temer pediu auxílio formal e 
oficial à Construtora Norberto Odebrecht. Não autorizou, nem solicitou 
que nada fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoral. 
A Odebrecht doou R$ 11,3 milhões ao PMDB em 2014. Tudo 
declarado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral. 
É essa a única e exclusiva participação do presidente no episódio.
Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da 
República.

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