domingo, 4 de novembro de 2012

Corrida em comunidades pacificadas reúne 1.500 pessoas na Zona Sul


 » Isabel Kopschitz

Prova teve percurso por dentro das comunidades pacificadas da Babilônia e Chapeu Mangueira

Cerca de 1.500 pessoas participaram, na manhã deste domingo (04/11), da segunda edição da Embratel Rio Run Up, corrida na orla de Copacabana e que passa também pelas comunidades pacificadas da Babilônia e do Chapeu Mangueira, no mesmo bairro. Patrocinado pelo Governo do Estado do Rio, através da Secretaria de Esporte e Lazer , e pela Embratel, a prova teve oito quilômetros, incluindo o percurso dentro das comunidades: 1,8 quilômetro de subidas íngremes, escadarias e vielas, que proporcionaram aos participantes uma vista privilegiada da cidade.

Tanto a largada quanto a chegada foram na Avenida Atlântica, na altura do posto 4. O trecho da corrida realizado nas comunidades foi considerado difícil pela maior parte dos competidores, que precisaram caminhar para subir as escadarias. Foi o caso da triatleta Ariane Monticeli, de 30 anos, primeira colocada entre as mulheres.

- Foi uma experiência bem interessante, me senti segura, vi que a comunidade realmente está pacificada. Acho bacana a iniciativa porque incentiva o esporte entre os moradores da própria comunidade, de onde sempre saem grandes talentos. E, para quem não é de lá, desmistifica esta coisa de favela perigosa - contou a atleta, que vive em São Paulo.

Campeão masculino da categoria "Comunidade", o técnico em segurança eletrônica Wagner Moraes dos Santos, de 22 anos, não escondia a emoção. Com o sonho de correr profissionalmente, ele competiu pelo segundo ano consecutivo, já que a prova é uma das poucas que não exige que ele pague a taxa de participação.

- Não esperava vencer, só fiz dois treinos na semana passada. Mas a torcida da minha família e dos amigos foi muito importante - disse ele, que mora no alto do Babilônia.

Weliton Carius, de 29 anos, foi o vencedor pelo segundo ano consecutivo. Atleta profissional pelo Vasco da Gama, o morador de Santa Teresa conseguiu baixar seu tempo em um minuto, concluindo a prova em 30 minutos e 4 segundos.

- O mais legal de passar pelas comunidades é o incentivo que os moradores dão quando a gente passa. Isso motiva muito. Em corrida no asfalto não tem isso - comentou.

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