Há muito se especula sobre as anomalias orbitais observadas em alguns objetos no Cinturão de Kuiper. Agora, um novo estudo mostra que elas são causadas por um objeto muito grande, o que aumenta as chances de termos mais um grande planeta no Sistema Solar.
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Os autores do estudo são Michael Brown e Konstantin Batygin, ligados ao Caltech, Instituto de Tecnologia da Califórnia, que há muito tempo se dedicam ao estudo dos distantes objetos transnetunianos, entre eles Sedna, Eris e Makemake, os dois últimos descobertos por Brown em 2005.
Segundo o estudo, o possível "Planeta Nove" teria 10 vezes a massa da Terra e orbitaria o Sol a cada 15 mil anos. Como sua orbita é bastante alongada, a aproximação máxima do Sol seria de cerca de 30.5 bilhões de km, ou seja, cerca de seis vezes mais longe que Plutão.
Evidências
As evidências da existência desse possível planeta começaram desde que os pesquisadores notaram um pequeno achatamento na orbita de alguns planetas-anões quando esses penetravam o cinturão de Kuiper, uma remota região do Sistema Solar localizada entre 30 UA e 50 UA do Sol (entre 5 bilhões e 7.5 bilhões de km).
As evidências eram tão grandes que muitos cientistas passaram a observar com mais atenção essa região do espaço e desde então diversos estudos foram publicados, entre eles o recente trabalho de Brown e Batygin.
Grafico mostra a possível localização do Planeta Nove e o traçado de sua orbita. Seu ponto mais perto do Sol estaria a 30.5 bilhões de km, ou seja, cerca de seis vezes mais longe que Plutão.
Simulações
Como outros cientistas, a dupla de pesquisadores observou que o eixo maior da órbita de seis planetas anões dentro do Cinturão de Kuiper sempre apontava para a mesma região do espaço e que isso talvez não fosse apenas coincidência.
Para tirar as dúvidas, Brown e Batygin passaram a fazer diversas simulações e os achatamentos das orbitas simuladas somente se igualavam aos observados na prática quando um objeto com 10 massas terrestres era introduzido nos modelos, causando uma forte interação gravitacional.
Provável e Difícil de Achar
O trabalho de Brown e Batygin é extremamente sólido e alicerçado por dados observacionais difíceis de serem refutados, o que os leva à conclusão que de fato existe um novo planeta no Sistema Solar, mas que pelas características será um verdadeiro desafio de ser encontrado.
O "Planeta Nove", como está sendo chamado, embora seja bem maior que a Terra é muito escuro e se move muito devagar contra o fundo estelar. Além disso, ainda não se sabe exatamente em que ponto da sua orbita ele se encontra, o que dificulta o apontamento de telescópios.
Começa a Caçada
Ao que tudo indica, a "Caçada ao Planeta Nove" já começou, mas poucos terão chances de serem os seus descobridores, uma vez que a quantidade de telescópios terrestres capazes de detectar um objeto tão distante e tênue é muito pequena.
Atualmente, as esperanças da descoberta estão depositadas no grande telescópio japonês Subaru, de 8.2 metros, localizado no topo do Mauna Kea, no Havaí. Além do grande espelho, Subaru tem um dos maiores campos de visão entre os telescópios terrestres, o que permite varrer grandes porções do céu.
Para Brown, as dificuldades em observar o planeta reduz o leque de quem poderá descobri-lo. "Infelizmente, eu não sou dono do telescópio Subaru, mas estou muito ansioso para que outros astrônomos confirmem a existência do novo planeta".
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Segundo o estudo, o possível "Planeta Nove" teria 10 vezes a massa da Terra e orbitaria o Sol a cada 15 mil anos. Como sua orbita é bastante alongada, a aproximação máxima do Sol seria de cerca de 30.5 bilhões de km, ou seja, cerca de seis vezes mais longe que Plutão.
Evidências
As evidências da existência desse possível planeta começaram desde que os pesquisadores notaram um pequeno achatamento na orbita de alguns planetas-anões quando esses penetravam o cinturão de Kuiper, uma remota região do Sistema Solar localizada entre 30 UA e 50 UA do Sol (entre 5 bilhões e 7.5 bilhões de km).
As evidências eram tão grandes que muitos cientistas passaram a observar com mais atenção essa região do espaço e desde então diversos estudos foram publicados, entre eles o recente trabalho de Brown e Batygin.
Grafico mostra a possível localização do Planeta Nove e o traçado de sua orbita. Seu ponto mais perto do Sol estaria a 30.5 bilhões de km, ou seja, cerca de seis vezes mais longe que Plutão.
Simulações
Como outros cientistas, a dupla de pesquisadores observou que o eixo maior da órbita de seis planetas anões dentro do Cinturão de Kuiper sempre apontava para a mesma região do espaço e que isso talvez não fosse apenas coincidência.
Para tirar as dúvidas, Brown e Batygin passaram a fazer diversas simulações e os achatamentos das orbitas simuladas somente se igualavam aos observados na prática quando um objeto com 10 massas terrestres era introduzido nos modelos, causando uma forte interação gravitacional.
Provável e Difícil de Achar
O trabalho de Brown e Batygin é extremamente sólido e alicerçado por dados observacionais difíceis de serem refutados, o que os leva à conclusão que de fato existe um novo planeta no Sistema Solar, mas que pelas características será um verdadeiro desafio de ser encontrado.
O "Planeta Nove", como está sendo chamado, embora seja bem maior que a Terra é muito escuro e se move muito devagar contra o fundo estelar. Além disso, ainda não se sabe exatamente em que ponto da sua orbita ele se encontra, o que dificulta o apontamento de telescópios.
Começa a Caçada
Ao que tudo indica, a "Caçada ao Planeta Nove" já começou, mas poucos terão chances de serem os seus descobridores, uma vez que a quantidade de telescópios terrestres capazes de detectar um objeto tão distante e tênue é muito pequena.
Atualmente, as esperanças da descoberta estão depositadas no grande telescópio japonês Subaru, de 8.2 metros, localizado no topo do Mauna Kea, no Havaí. Além do grande espelho, Subaru tem um dos maiores campos de visão entre os telescópios terrestres, o que permite varrer grandes porções do céu.
Para Brown, as dificuldades em observar o planeta reduz o leque de quem poderá descobri-lo. "Infelizmente, eu não sou dono do telescópio Subaru, mas estou muito ansioso para que outros astrônomos confirmem a existência do novo planeta".
Se confirmada a presença do Planeta Nove, será o fim da caçada "desse" Planeta-X e o começo de uma nova etapa na pesquisa do Sistema Solar e quem sabe, novos "Planetas-X" virão!
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