quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Mancha Solar explode e lança partículas em direção à Terra



Como já havíamos previsto, a gigantesca mancha solar AR1944 produziu um poderoso flare na tarde de terça-feira, ejetando em direção à Terra uma grande quantidade de partículas carregadas que deverão atingir o planeta nas próximas 24 horas.
Mancha Solar AR 1944
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A intensa ejeção de massa coronal (CME) ocorreu às 18h30 UTC e gerou um pico de raios-x que atingiu o nível X1, dentro da qualificação das emissões intensas.
A maior parte das partículas ejetadas seguiu na direção sul do Sol e se dispersará no espaço, mas uma quantidade bastante densa de material ionizado se chocará contra a Terra nas primeiras horas de quinta-feira. De acordo com a previsão de clima espacial, o choque contra a ionosfera poderá elevar o índice KP até o nível 8, considerado bastante severo e capaz de gerar elevadas correntes induzidas em linhas de transmissão, principalmente em localidades de latitudes elevadas.
É importante esclarecer que embora o índice KP possa chegar ao nível 8, é muito provável que não atinja esse valor e deverá oscilar entre KP=6 e KP=7, ainda assim bastante forte. Com isso, são esperadas auroras polares nas latitudes maiores que 45 graus ao sul ou ao norte do equador.A poderosa CME ocorreu na região ativa AR1944, um gigantesco grupo de manchas solares que foi tema do Hangout ao vivo na terça-feira, onde explicamos sobre a característica dessa mancha e também levantamos a possibilidade de ejeções de massa coronal de grande porte.
A mancha é tão grande que se enfileiradas caberiam cerca de 10 planetas Terra em seu interior. Neste momento, ela se encontra no meridiano central da estrela, se deslocando em sentido leste devido ao movimento de rotação do Sol. Devido às características magnéticas bipolares complexas, novos flares de raios-x e ejeções de massa coronal deverão ocorrer nessa região ativa nos próximos dias, com possibilidades de também serem dirigidas à Terra.
Artes: no topo, grupo de manchas solares AR1944 responsável pela forte CME que se dirige em direção à Terra. No canto esquerdo a mancha pode ser vista no centro da estrela. No lado direito vemos a região registrada pelo astrofotógrafo Tommaso Martino. Acima, vídeo Hangout onde explicamos sobre a mancha AR 1944. Créditos: Nasa, Tommaso Martino, Apolochannel, Apolo11.com.
 

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