Pouco mais de 30 jovens se reuniram hoje em frente ao Shopping Iguatemi - bairro nobre de Brasília, protestando contra forças de racismo e discriminação. O rolezinho que começou por volta das 15h durou menos de duas horas. O encontro foi marcado antecipadamente nas redes sociais levando a administração do shopping a fechar as portas.
Muitas pessoas desta idade foram pegas de surpresa.”Combinei de passear hoje com minha família que queria vir aqui, mas está fechado e não sabíamos de nada”, disse Carlos Carreon que estava acompanhado da esposa e dos filhos.
A professora Sheila Chagas afirmou que sequer conheceu o movimento o que é rolezinho."Não estou sabendo de nada. Só vim dar uma volta e o shopping está fechado”.
Os jovens se concentraram nas proximidades do shopping que fica em frente a entrada principal do bairro. Motoristas que passaram pelo local se dividiam entre gritos de apoio,buzinaço e críticas.
Quatro viaturas da Policia Militar ficaram posicionadas a alguns metros da concentração.Três observadores da Ordem dos Advogados de Brasília (OAB–DF), também acompanharam o rolezinho.
“Estamos aqui como obervadores. A OAB tem posição neutra em relação as manifestações, mas se houver excessos por qualquer uma das partes acompanhamos na delegacia”, explicou o advogado Alexander Diniz de Paula.
Varios seguranças circulam no estacionamento do shopping. No gramado entre funk os manifestantes gritavam palavras de ordem. “Ao menor sinal de periferia o shopping fecha. Sempre que tem aglomeração de galera preta ou pobre a gente sofre isto”, criticou Misha, representante do Movimento Mulheres em Luta.
Um dos principais organizadores do rolezindo Franckilin Rabelo reforçou as bandeiras do manifesto e criticou a medida adotada pelo Iguatemi.
“Os grandes empresários fecharam as portas não para o nosso movimento, mas para os trabalhadores. Nosso movimento é pacífico e não oferece risco a ninguém”, observou.
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