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O caso de uma americana de 33 anos gerou um debate e, por isso, é destaque na imprensa internacional. Marlise Munoz, que tinha um coágulo no pulmão, levou um tombo na cozinha de casa e teve morte cerebral. Marisle já tinha deixado instruções claras para a família pedindo que nunca fosse mantida viva com a ajuda de aparelhos. A questão é que os médicos descobriram que a paciente está grávida (na época estava com 14 semanas de gestação, agora já são 20) e optaram por não desligar as máquinas, seguindo o que manda a lei do Texas (que impede o desligamento dos aparelhos no caso de uma paciente gestante).
O marido de Marlise, Erick Muñoz, luta na justiça para que o desejo de sua mulher, de não depender de máquinas para viver, seja realizado. Erick diz que depois da morte trágica do irmão de Marlise, os dois haviam conversado sobre o que fazer se o pior acontecesse. Na ocasião, de acordo com Erick, ela disse que nunca queria ser mantida viva por máquinas.
Uma série de reportagens foram feitas em diversos veículos internacionais. O fato é que os advogados podem recorrer à Justiça para ganhar uma liminar que permita que os desejos da paciente sejam levados em conta, mas será difícil encontrar um juiz no Texas que aceite isso. No mês que vem uma série de testes vão ser feitos no feto para saber quando ele poderá ser removido em segurança.
Não sou médica muito menos da família mas, como cidadã e como mãe, principalmente, acredito que Marlise teria feito outra recomendação ao marido se soubesse que estava grávida. Pelo que entendi nas reportagens ela não sabia da gestação. Acho que, se soubesse, ela pediria: me mantenha viva para que meu bebê se desenvolva e, depois sim, desligue os aparelhos. Coração de mãe dificilmente pediria algo diferente disso, até porque há milhares de casos em que a mãe é mantida viva até o parto e o bebê nasce perfeito, saudável. É triste? É! Claro! Mas que mãe, conscientemente, não faria isso? Que mãe prefere realizar um desejo dela a pensar no bem estar do seu filho? Não sei, difícil dar palpite nesse caso. Mas, na minha opinião, Marlise ficaria feliz de ajudar seu bebê a nascer.
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