O Rio de Janeiro enfrenta neste domingo o terceiro dia de protestos de familiares de policiais militares. Os manifestantes, em sua maioria mulheres de PMs, se reúnem na porta de batalhões e impedem que policiais de plantão saiam para as ruas. O ato pede o pagamento de salários e benefícios atrasados pelo governo do Estado.
Em resistência ao movimento, os policiais passaram a ser orientados a seguir diretamente para as UPPs nas favelas, para cabines da PM e para circular nas ruas. Os carros da PM pegam os policiais nas esquinas próximas ao batalhão. Os PMs que tentaram se apresentar no batalhão foram impedidos por dois policiais mantidos na porta do batalhão.
Bloqueios
Mulheres de policiais militares do 6º Batalhão, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, bloquearam carros que levavam PMs sem uniforme e armas no banco de trás. A intenção das mulheres era evitar que eles trabalhassem despreparados e em situação de insegurança.
“O coronel do 6º batalhão está designando eles (policiais) para ir para a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) sem colete e sem arma. Eles têm que assumir no 6º batalhão. As fardas deles estão lá. O coronel está colocando os nossos policiais para morrer lá em cima na UPP. As viaturas estão vindo buscar na esquina de banco, de padaria”, afirmou Laila, mulher de policial que não quis se identificar. Ela e outras quatro mulheres de policiais bloquearam a saída de uma viatura nas proximidades do batalhão.
No batalhão de Olaria, onde também há bloqueio, a promessa das manifestantes é seguir com os atos. “A tendência é o movimento crescer. Só vamos retirar o bloqueio quando tivermos melhorias. Pagar o salário de janeiro não resolve”, afirmou Waneska, que também não quis informar o sobrenome.
(Com Estadão Conteúdo)
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