- Pichação em pedra ao lado do CT do Flu leva iniciais de facção que controla região
Inaugurado no meio de 2016 e funcionando como casa do time profissional do Fluminense desde outubro, o Centro de Treinamento Pedro Antônio Ribeiro da Silva se tornou motivo de orgulho para os tricolores no final da gestão do ex-presidente
Erguido em Jacarepaguá, zona oeste da cidade, o CT fica colado a uma das áreas mais perigosas do Rio de Janeiro, a Cidade de Deus. E a facção criminosa que controla o comércio de drogas e armas na região tem ameaçado a segurança de quem chega para trabalhar no local.
Em dezembro, bandidos invadiram o centro de treinamento com a intenção de roubar materiais e acabaram trocando tiros com policiais. Dois seguranças do clube ficaram feridos. No início de janeiro, enquanto o Fluminense disputava um jogo-treino contra a equipe do Serra Macaense, tiros foram disparados nas proximidades. Jornalistas e funcionários chegaram a se esconder com medo dos projéteis.
Nas últimas semanas, mais um sinal da insegurança e da atuação da facção criminosa que domina a região. Em contato informal com seguranças do clube, os chefes do bando criaram uma espécie de código para que jogadores e funcionários "não enfrentem problemas" na chegada – e saída – do CT.
As ordens são claras: jogadores, integrantes da comissão técnica e funcionários do Fluminense devem ligar o pisca-alerta de seu automóvel (ou taxi), acender a lanterna e andar em baixa velocidade nas ruas próximas ao local de treino. A ideia é identificar os profissionais e evitar maiores problemas da facção com o clube.
Três jogadores, um funcionário do departamento de futebol e um segurança que atua no CT confirmaram o caso à reportagem. Outros jogadores ouvidos, no entanto, ainda não tinham sido informados do "procedimento".
Na tarde da última quarta-feira (01), sem atividades no local, a reportagem esteve nos arredores do centro de treinamento e conferiu o clima de insegurança da região. Dois moradores também confirmaram as orientações da facção - consideradas "normais" e disseram que a ideia do bando é não criar indisposição com o clube.
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