Francisco disse que Jesus quer que a instituição "seja uma igreja do movimento, uma igreja que vai para o mundo"
Foto: ALEXANDER NEMENOV / AFP
Estadão Conteúdo
O papa Francisco encorajou os membros da Igreja Católica a sair da zona de conforto e se voltar para os mais necessitados, nas periferias, enquanto celebrava uma missa neste sábado na igreja polonesa dedicada a São João Paulo II, o pontífice cuja defesa dos direitos dos trabalhadores nos anos 1970 e 1980 desafiou o comando comunista da época no país. Francisco disse que Jesus quer que a instituição "seja uma igreja do movimento, uma igreja que vai para o mundo", ao realizar sua homilia na monumental nova igreja dedicada a João Paulo, nas proximidades de Cracóvia.
O pontífice disse que o pedido de Jesus para que seus seguidores sejam ministros para o mundo é relevante hoje para os homens e mulheres católicos. "Este chamado é direcionado a nós. Como podemos deixar de ouvir este eco no grande apelo de São João Paulo II: 'Abra as portas'?", disse Francisco.
Um ano após ser eleito papa, em 1978, João Paulo II retornou para seu país e pediu para que milhões de poloneses se opusessem ao comunismo. A visita inspirou o nascimento do Solidariedade, movimento trabalhista que lutou ao longo dos anos 1980 e acabou por se tornar um ator crucial para o colapso do comunismo em 1989 na Polônia e ao longo do Leste Europeu.
As celebrações religiosas deste sábado ocorreram no quarto dos cinco dias de visita do papa à Polônia, a primeira viagem de Francisco para o Leste Europeu. O papa viajou para participar do Dia Mundial da Juventude, um evento global que reúne jovens católicos. Ele também realizou reuniões com líderes poloneses e visitou o campo de concentração de Auschwitz.
Francisco começou sua agenda neste sábado com uma visita ao Santuário da Divina Misericórdia. O papa atual também rezou diante da capela de Santa Faustina, onde a religiosa está enterrada.
Na igreja, o papa parou para ver uma garota, cujas perdas artificiais foram pagas por Francisco, disse o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. O pontífice argentino também ouviu confissões de sete jovens e de um padre, falando italiano, espanhol ou francês. Fonte: Associated Press.
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