SÃO PAULO - O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, disse, na manhã deste sábado, que não vai mais aceitar o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, como interlocutor da entidade com o governo brasileiro. Rebelo considerou inaceitáveis as críticas feitas por Valcke na sexta-feira, quando afirmou que não havia muita coisa se mexendo no país para a realização da Copa do Mundo de 2014 e que os organizados mereciam levar um "chute no traseiro".
- O governo brasileiro não pode receber essas ofensas sem declarar inaceitáveis e não aceitará mais o secretário-geral como interlocutor da Fifa nesses assuntos -- disse o ministro.
Se Valcke vier ao Brasil não será recebido pelo governo, advertiu Rebelo. O ministro disse que vai continuar a trabahar em conjunto com a entidade, mas com outro interlocutor. Além disso, ressaltou que o governo vai trabalhar junto ao Congresso para a aprovação da Lei da Copa.
Rebelo se defendeu das críticas e lembrou que a própria Fifa havia elogiado o andamento das obras nos estádios em relatório publicado na primeira quinzena de janeiro. Ele apresentou o cronograma de evolução das obras dos estádios atualizado até a ultima sexta-feira, no qual três dos 12 estádios estavam levemente atrasados (em Cuiabá, Manaus e Recife). Os demais estavam ou adiantados ou dentro do cronograma.
- Não há nenhuma razão para as críticas. O Brasil tem a infraestrutura e a logística para realizar um evento dessa magnitude. Tem tradição de acolher grandes eventos. Acolherá agora a Rio + 20 e realiza todo ano os torneios das Séries A, B C e D. Então nao vejo nenhum motivo para que isso possa ser posto em questão.
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