Também conhecida como hepatite aguda grave ou falência hiperaguda do fígado, a hepatite fulminante é a condição de maior gravidade dentre as doenças do fígado, podendo levar a morte pelo menos metade dos pacientes.
Esta é uma doença em que o indivíduo previamente sadio, em um prazo de dias ou semanas, fica profundamente doente. Os sintomas principais no início do quadro são exatamente iguais aos de uma hepatite comum, ou seja, mau estar, febre baixa, náuseas e dor na parte superior direita do abdômen. O que difere da hepatite aguda comum é que sempre a urina fica escura (cor de Coca-Cola) e os olhos amarelos (icterícia), e que principalmente, num prazo de dias a poucas semanas, o paciente passa a ter perturbações do sono (trocando o dia pela noite) e eventualmente a voz fica empastada e o raciocínio lento. A maioria destas pessoas já procurou auxílio médico antes que todos os sintomas apareçam, mas se não o fez é mais que hora de fazê-lo.
Uma série de doenças que acometem o fígado podem ser responsabilizadas pela evolução fulminante da hepatite. Entre as mais comuns destacam-se o uso de medicamentos (quer prescritos pelos médicos como alguns compostos usados em dermatologia, quer outros de utilização rotineira como o acetaminofen), as hepatites virais A e B entre várias outras. Vale destacar que as hepatites virais raramente evoluem de forma fulminante. Não mais que 1 % das hepatites pelo vírus A e não mais que 5% das hepatites pelo vírus B o fazem.
Devido a gravidade da doença, a condução do caso por um especialista em fígado (hepatologista) é fundamental, melhor ainda se ele(a) estiver ligado a uma equipe de transplante de fígado.
O tratamento desta doença é bastante complexo e requer múltiplos recursos de terapia intensiva que, quando disponíveis e adequadamente implementados, podem levar a cura mais ou menos metade dos pacientes. A outra metade deve ser tratada o quanto antes por um transplante de fígado de forma emergencial. Embora a fila de espera por um órgão possa ser longa na maioria dos centros médicos mundiais, em vários lugares e São Paulo está entre eles, o caso de uma hepatite fulminante é reconhecido como prioridade máxima e "passa" na frente dos demais tendo ao seu dispor o primeiro órgão que surgir para transplante. Caso, mesmo com prioridade máxima, a espera pelo órgão da fila seja inadequada na opinião dos especialistas há também a possibilidade de uma pessoa doar uma parte de seu fígado em vida (conhecido como transplante intervivos).
Contando com todos os recursos, de tratamento clínico a transplante, é possível salvar em média 80% dos pacientes, mas o melhor mesmo é prevenção e em hepatite fulminante deve-se ter em mente que todo e qualquer medicamento deve ter um uso bastante criterioso e vacinar-se contra as hepatites A e B como meios de evitar a doença.
Fonte da Imagem do Fígado:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/cancer-de-figado/
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