Nova Iguaçu e Japeri, na Baixada Fluminense, decretaram calamidade.
Duas pessoas morreram em razão das enchentes; transporte foi prejudicado.
Veja cobertura completa sobre a chuva.
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O pedreiro Martinho da Silva, 50, caiu em um rio em Nova Iguaçu e desapareceu. Na noite desta quarta, o corpo de um homem foi encontrado na cidade boiando no Rio das Botas, mas ainda não foi identificado. O corpo de um rapaz de 18 anos foi encontrado em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, por volta das 19h45 desta quarta-feira. Segundo a Prefeitura, Neilson Viana Ribeiro teria caído durante a manhã no rio que passa pela região.
Segundo o secretário de Defesa Civil estadual, Sérgio Simões, Nova Iguaçu teve o maior índice pluviométrico do estado depois da capital. "A recomendação é que as pessoas não transitem nas áreas alagadas e que permaneçam em locais seguros”, afirmou.
A presidente Dilma Rousseff ligou para o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes para oferecer ajuda federal. Cabral pediu itens básicos para a população, como água potável, colchonetes e cestas básicas.
Paes chegou a pedir que ninguém saísse de casa. "Vamos apurar o que causou todos esses alagamentos", disse. O prefeito afirma que houve "dificuldade de drenagens em áreas que fazem limites entre a Zona Norte e a Baixada Fluminense".
Em Acari, mulher reza dentro de casa com água na
cintura (Foto: Bruna NotaRoberto/Arquivo Pessoal)
Ilhadoscintura (Foto: Bruna NotaRoberto/Arquivo Pessoal)
Em Coelho Neto, na Zona Norte do Rio, moradores relataram momentos de desespero durante as enchentes na madrugada. "Um primo que mora lá embaixo me pediu socorro e tivemos que usar o jet ski para tirá-lo de casa", afirmou Hildo Nascimento, que mora há mais de 20 anos no Acari.
Durante a manhã, o alagamento de várias vias na capital impediu a saída de centenas de pessoas para o trabalho. Internautas enviaram imagens e vídeos das regiões alagadas ao G1.
Na capital, segundo o Centro de Operações Rio, os bairros mais atingidos foram Tanque, Piedade, Anchieta, Madureira e Irajá. Em Realengo, duas pessoas ficaram feridas em um desabamento. A Defesa Civil registrou ao menos 320 chamados relacionados à chuvas.
Vias importantes ficaram obstruídas, como a Avenida Brasil, que ficou alagada durante todo o dia, e a Avenida Radial Oeste, no Maracanã. O entorno do estádio ficou alagado.
Moradores revoltados com os estragos do temporal fecharam as duas pistas da Via Dutra em Queimados, atearam fogo a pneus e outros objetos.
Um caminhão parado teve a carga saqueada. Assaltantes aproveitaram o engarrafamento para assaltar motoristas parados. (Assista no vídeo ao lado)
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, informou que o policiamento na Via Dutra será reforçado com policiais federais para conter os saques.
Jovens saqueiam caminhão dos frangos na Avenida Brasil, em Irajá. (Foto: Marcelo Carnaval/Agência O Globo)
Avenida Brasil, altura de Irajá, na Zona Norte (Foto: Marcello Bacellar Ribéra/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
TranstornosA cidade entrou em estágio de alerta às 4h50 e passou para o de atenção por volta das 11h. Diversos bairros ficaram sem energia elétrica. As sirenes de alerta para deslizamentos soaram em 48 comunidades (ouça a sirene no Morro dos Macacos), para alertar os moradores de que deveriam deixar suas casas.
A sede da Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Jardim América, Zona Norte, ficou alagada. Diversas viaturas da corporação ficaram encobertas pela água.
O canal Meriti transbordou em Vicente de Carvalho, Zona Norte. A estação de trem de Olaria ficou fechada pelo acúmulo de água. Bueiros estouraram na mesma região.
O Metrô registrou alagamento nos trilhos e precisou fechar cinco estações da Linha 2, que liga Pavuna a Botafogo. O teleférico do Morro do Alemão ficou fechado por aproximadamente uma hora.
Moradores fazem um mutirão para desobstruir um córrego em Nova Iguaçu (Foto: Cléber Júnior/ Extra/O Globo)
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