Os portões dos locais de aplicação da primeira fase do vestibular da Fuvest foram fechados às 13h deste domingo (24) para o início da prova. Quem se atrasou não poderá entrar. Esta edição do processo seletivo tem número recorde de inscritos –mais de 172 mil estudantes se inscreveram para as 11.057 vagas de cursos da Universidade de São Paulo (USP) e 100 vagas do curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. As provas serão aplicadas em 32 cidades.A prova terá duração de cinco horas. A Fuvest vai divulgar o gabarito ainda neste domingo, por volta de 19h30. Após o término da prova, o G1trará a correção comentada de todas as questões, feita pelos cursos pré-vestibulares Etapa, de São Paulo, e Oficina do Estudante, de Campinas.
A primeira fase tem 90 questões de múltipla escolha sobre conteúdos das matérias do currículo do ensino médio: português, história, geografia, matemática, física, química, biologia e inglês. De acordo com a Fuvest, algumas questões podem ser interdisciplinares. Os candidatos precisam passar pelo menos três horas na sala de provas antes de poderem entregar a folha de respostas.
VEJA HISTÓRIAS DE ESTUDANTES QUE VÃO PRESTAR O VESTIBULAR DA FUVEST
Filho de lavrador viaja 400 km
Um dos primeiros candidatos a chegar na FEA-USP, na zona oeste de São Paulo, foi Fábio Megda, de 17 anos. Acompanhado do pai, o lavrador Murilo Megda, o jovem, que mora em Campo do Meio (MG), disse que saiu de casa às 5h e percorreu 400 km até o local de provas. É a primeira Fuvest de Fábio, que ainda está no segundo ano do ensino médio e se inscreveu no Pasusp, programa de avaliação seriada que dá bônus a estudantes de escolas públicas. "Posso acumular até 5% de bônus neste ano", explicou o estudante que sonha em cursar engenharia civil na Escola Politécnica.
Um dos primeiros candidatos a chegar na FEA-USP, na zona oeste de São Paulo, foi Fábio Megda, de 17 anos. Acompanhado do pai, o lavrador Murilo Megda, o jovem, que mora em Campo do Meio (MG), disse que saiu de casa às 5h e percorreu 400 km até o local de provas. É a primeira Fuvest de Fábio, que ainda está no segundo ano do ensino médio e se inscreveu no Pasusp, programa de avaliação seriada que dá bônus a estudantes de escolas públicas. "Posso acumular até 5% de bônus neste ano", explicou o estudante que sonha em cursar engenharia civil na Escola Politécnica.
Jovem troca namorada pelo vestibular
Leandro Henrique, de 19 anos, presta pela terceira vez o vestibular da Fuvest. Ele faz a primeira fase neste doming (24), em Mogi das Cruzes. O curso escolhido é engenharia civil, um dos mais disputados da Universidade de São Paulo. Apenas neste ano, dois namoros do jovem de Ferraz de Vasconcelos chegaram ao fim por causa do sonho de ser aprovado. O último relacionamento terminou em setembro. “Eu a conheci em junho e a gente começou a ficar. Conversei até com o pai dela para a gente namorar. Em meados de setembro tomei a decisão de comprar as alianças, mas então a ficha caiu. Não dá para namorar, preciso me dedicar ao vestibular.
Leandro Henrique, de 19 anos, presta pela terceira vez o vestibular da Fuvest. Ele faz a primeira fase neste doming (24), em Mogi das Cruzes. O curso escolhido é engenharia civil, um dos mais disputados da Universidade de São Paulo. Apenas neste ano, dois namoros do jovem de Ferraz de Vasconcelos chegaram ao fim por causa do sonho de ser aprovado. O último relacionamento terminou em setembro. “Eu a conheci em junho e a gente começou a ficar. Conversei até com o pai dela para a gente namorar. Em meados de setembro tomei a decisão de comprar as alianças, mas então a ficha caiu. Não dá para namorar, preciso me dedicar ao vestibular.
Pai promete carro se filha passar
Pouco antes de entrar para o vestibular, também em Mogi das Cruzes, Juliana Garcia, de 17 anos, ganhou um incentivo do pai para se dedicar ainda mais durante a prova. O líder de produção Sebastião Garcia, de 50 anos, acompanhou a filha até o portão da universidade e contou que se passar, Juliana vai ser presenteada. “Eu vou pagar para ela tirar carteira de habilitação e logo em seguida ou comprar um carro para ela.” O pai gosta de acompanhar os passos da filha de perto. Garcia disse que acordou a jovem hoje às 7h30 e depois disse que ela poderia relaxar até sair de casa. “Até a hora de sair eu fiquei ouvindo Beatles e músicas de bandas coreanas”, contou Juliana.
Pouco antes de entrar para o vestibular, também em Mogi das Cruzes, Juliana Garcia, de 17 anos, ganhou um incentivo do pai para se dedicar ainda mais durante a prova. O líder de produção Sebastião Garcia, de 50 anos, acompanhou a filha até o portão da universidade e contou que se passar, Juliana vai ser presenteada. “Eu vou pagar para ela tirar carteira de habilitação e logo em seguida ou comprar um carro para ela.” O pai gosta de acompanhar os passos da filha de perto. Garcia disse que acordou a jovem hoje às 7h30 e depois disse que ela poderia relaxar até sair de casa. “Até a hora de sair eu fiquei ouvindo Beatles e músicas de bandas coreanas”, contou Juliana.
Goiano recusa 3 faculdades por medicina
Há três anos o goiano Luis Pedro de Assis, de 21 anos, estuda para ingressar no Ensino Superior. Nesse período, foi aprovado para os cursos de engenharia civil, agronomia e física em três universidades diferentes. Assis também conseguiu uma bolsa de estudos para cursar odontologia em uma faculdade particular, mas recusou todas as convocações de matrícula. O sonho do jovem estudante é conquistar uma vaga no curso de medicina na USP em Ribeirão Preto (SP), o mais concorrido da Fuvest 2014. “Um dia eu vou conseguir.”
Há três anos o goiano Luis Pedro de Assis, de 21 anos, estuda para ingressar no Ensino Superior. Nesse período, foi aprovado para os cursos de engenharia civil, agronomia e física em três universidades diferentes. Assis também conseguiu uma bolsa de estudos para cursar odontologia em uma faculdade particular, mas recusou todas as convocações de matrícula. O sonho do jovem estudante é conquistar uma vaga no curso de medicina na USP em Ribeirão Preto (SP), o mais concorrido da Fuvest 2014. “Um dia eu vou conseguir.”
Carona e cachorro-quente
Clarissa Oliveira Martins Silva, de 17 anos, que veio de Itapetininga (SP). Ela aproveitou a carona de uma amiga, que também vai fazer o vestibular. Clarissa conta que saíram cedo, às 8h30 de Itapetininga, mas a mãe da amiga acabou se perdendo em Sorocaba. "Ela me deixou aqui [em um dos pontos de realização da prova] e foi levar a minha amiga para o outro local". Clarissa comenta que esta é a primeira vez que vai fazer vestibular. Ela vai prestar para engenharia de produção da Universidade de São Paulo (USP). Ansiosa com a prova, Clarissa se prepara comendo um cachorro quente. "Estou animada, mas sei que o curso que escolhi é muito dificil, espero me sair bem".
Clarissa Oliveira Martins Silva, de 17 anos, que veio de Itapetininga (SP). Ela aproveitou a carona de uma amiga, que também vai fazer o vestibular. Clarissa conta que saíram cedo, às 8h30 de Itapetininga, mas a mãe da amiga acabou se perdendo em Sorocaba. "Ela me deixou aqui [em um dos pontos de realização da prova] e foi levar a minha amiga para o outro local". Clarissa comenta que esta é a primeira vez que vai fazer vestibular. Ela vai prestar para engenharia de produção da Universidade de São Paulo (USP). Ansiosa com a prova, Clarissa se prepara comendo um cachorro quente. "Estou animada, mas sei que o curso que escolhi é muito dificil, espero me sair bem".
Do Paraná para Campinas
As irmãs Julia Hexsel, de 19 anos, e Ana Hexsel, de 17 anos, farão provas para cursos diferentes neste domingo (24) na Fuvest, em Campinas (SP), mas definem da mesma maneira a rotina de estudos até o vestibular: "deixamos de viver", brincam. Elas viajaram de Curitiba (PR) ao interior paulista e, para dedicação aos estudos, diversão e cursos de língua e dança foram deixados de lado. Julia prestará a prova para medicina e Ana tentará arquitetura. As irmãs preferiram fazer a prova em Campinas porque na cidade paulista têm a opção de se hospedarem na casa da avó.
As irmãs Julia Hexsel, de 19 anos, e Ana Hexsel, de 17 anos, farão provas para cursos diferentes neste domingo (24) na Fuvest, em Campinas (SP), mas definem da mesma maneira a rotina de estudos até o vestibular: "deixamos de viver", brincam. Elas viajaram de Curitiba (PR) ao interior paulista e, para dedicação aos estudos, diversão e cursos de língua e dança foram deixados de lado. Julia prestará a prova para medicina e Ana tentará arquitetura. As irmãs preferiram fazer a prova em Campinas porque na cidade paulista têm a opção de se hospedarem na casa da avó.
Apoio dos pais
Caroline Barbosa, de 17 anos. Acompanhada da mãe, a professora Morgana Sales, e do padrasto Gilvan Caetano, a jovem que está prestes a concluir o ensino médio tenta a USP como primeira opção para o ensino superior. Interessada em design gráfico, curso que na USP é oferecido no campus da Zona Leste, a estudante do Campo Limpo, na Zona Sul, não se desanima com a distância e diz que seu objetivo é estudar em São Paulo. Mas, caso não passe, a jovem também fez o Exame Nacional do Ensino Médio para disputar uma vaga pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) nas universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e de Lavras (Ufla).
Caroline Barbosa, de 17 anos. Acompanhada da mãe, a professora Morgana Sales, e do padrasto Gilvan Caetano, a jovem que está prestes a concluir o ensino médio tenta a USP como primeira opção para o ensino superior. Interessada em design gráfico, curso que na USP é oferecido no campus da Zona Leste, a estudante do Campo Limpo, na Zona Sul, não se desanima com a distância e diz que seu objetivo é estudar em São Paulo. Mas, caso não passe, a jovem também fez o Exame Nacional do Ensino Médio para disputar uma vaga pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) nas universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e de Lavras (Ufla).
Show antes da prova
Em Santos, cursinhos montaram barracas e colocaram até música para animar os estudantes. “Está parecendo um show”, brincou a estudante Thayná Sampaio, de 18 anos, que tentará uma vaga no curso de engenharia. A amiga dela, Maithê Paulino, de 17 anos, não pensou que o local estivesse tão cheio. Ela também concorda com a amiga, e disse que só em shows encontra uma multidão como a da prova mas, segundo ela, há uma grande diferença entre esses dois eventos “Aqui você vê seus concorrentes”, disse ela no meio da multidão.
Em Santos, cursinhos montaram barracas e colocaram até música para animar os estudantes. “Está parecendo um show”, brincou a estudante Thayná Sampaio, de 18 anos, que tentará uma vaga no curso de engenharia. A amiga dela, Maithê Paulino, de 17 anos, não pensou que o local estivesse tão cheio. Ela também concorda com a amiga, e disse que só em shows encontra uma multidão como a da prova mas, segundo ela, há uma grande diferença entre esses dois eventos “Aqui você vê seus concorrentes”, disse ela no meio da multidão.
Calendário
O resultado da primeira fase será divulgado no dia 16 de dezembro, assim como os locais de prova dos candidatos convocados para a segunda fase.
O resultado da primeira fase será divulgado no dia 16 de dezembro, assim como os locais de prova dos candidatos convocados para a segunda fase.
As provas da segunda fase acontecerão nos dias 5, 6 e 7 de janeiro de 2014. No primeiro dia, todos os candidatos deverão fazer uma prova com dez questões de português e uma redação. No dia 6 será aplicada uma prova de 16 questões dissertativas de história, geografia, matemática, física, química, biologia e inglês. O terceiro e último dia da segunda fase terá 12 questões dissertativas, mas o conteúdo varia de acordo com a carreira escolhida pelo candidato, e pode abordar entre duas ou três disciplinas.
CRONOGRAMA DA FUVEST 2014 | |
|---|---|
1ª fase | 24 de novembro |
2ª fase | 5 de janeiro (10 questões de português e redação) 6 de janeiro (16 questões de conhecimentos gerais) 7 de janeiro (12 questões de conhecimentos específicos) |
Primeira chamada | 1º de fevereiro |
Matrícula | 4 e 5 de fevereiro (online) 12 e 13 de fevereiro (presencial) |
Fonte: Fuvest | |
Na segunda fase, o candidato deverá levar régua e uma foto 3x4 que poderá ser solicitada pelo fiscal. Para as provas que contenham questões de matemática, poderá levar também esquadros, transferidor e compasso.
A primeira chamada será feita no dia 1º de fevereiro de 2014. A matrícula online será nos dias 4 e 5 de fevereiro para confirmar o interesse pela vaga, e a matrícula presencial será em 12 e 13 de fevereiro.
Concorrência e bônus
O curso de medicina do campus da USP em Ribeirão Preto é o mais concorrido e com maior demanda do vestibular 2014 da Fuvest. A concorrência é de 62,91 candidatos por vaga. Em segundo aparece o curso de medicina em São Paulo com 58,57. O terceiro curso mais concorrido é o de engenharia civil no campus de São Carlos com 50,85 candidatos por vaga.
O curso de medicina do campus da USP em Ribeirão Preto é o mais concorrido e com maior demanda do vestibular 2014 da Fuvest. A concorrência é de 62,91 candidatos por vaga. Em segundo aparece o curso de medicina em São Paulo com 58,57. O terceiro curso mais concorrido é o de engenharia civil no campus de São Carlos com 50,85 candidatos por vaga.
Do total de inscritos, 65.224 são oriundos de escola pública e 37.838 se autodeclararam pretos, pardos e indígenas no ato da inscrição, e vão poder concorrer ao bônus de 5% na nota. Em julho, a USP aprovou os bônus do Programa de Inclusão Social (Inclusp), voltado para alunos oriundos de escolas públicas, que podem chegar a até 20%, sendo calculados segundo o desempenho do candidato na prova da primeira fase do vestibular da Fuvest e assim será aplicado na segunda fase.
Além do aumento do bônus, um novo grupo de beneficiados foi criado: pretos (denominação utilizada pelo IBGE), pardos e indígenas (PPI) que tenham realizado integralmente o ensino básico em escolas públicas, poderão receber até 5% a mais, totalizando 25%, dependendo do desempenho na prova da primeira fase.
O Conselho Universitário da USP, aprovou como meta que, até 2018, 50% de alunos matriculados, em cada curso e em cada turno, tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas e, dentro desses 50% de matriculados oriundos de escolas públicas, o percentual de pretos, pardos e indígenas (PPI) deverá atingir o percentual verificado pelo último censo demográfico do IBGE. Neste ano, 28,5% dos calouros que se matricularam no primeiro semestre terminaram o ensino médio na rede pública.
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