No penúltimo dia da visita ao Brasil, Francisco fala perante a classe política brasileira.
O Papa Francisco defendeu este sábado que a resposta contra a “indiferença egoísta e o protesto violento” é o diálogo construtivo num discurso proferido perante a classe política brasileira, no Rio de Janeiro.
"Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade", afirmou Francisco, citado pela Folha de São Paulo.
As primeiras horas da agenda de Francisco para este sábado, penúltimo dia da visita ao Brasil, foram passadas com responsáveis políticos, culturais, económicos, sociais e líderes e de outras religiões no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Aos presentes, o Papa pediu que fossem “firmes sobre os valores éticos”. "O futuro hoje exige reabilitar a política. O sentido ético é um desafio sem precedentes", disse depois, avança a Folha de São Paulo.
A intervenção do Papa surge depois das manifestações que agitaram o Brasil durante semanas e nas quais foram exigidos melhores serviços públicos e pedido o fim da corrupção e criticada a classe política.
No seu discurso deste sábado houve uma referência a esses protestos, com Francisco a defender que "é impossível imaginar um futuro para a sociedade, sem uma vigorosa contribuição das energias morais numa democracia que evite o risco de ficar fechada na pura lógica da representação dos interesses constituídos".
Relembrou em seguida palavras do profeta Amós: "Eles vendem o justo por dinheiro, o indigente, por um par de sandálias; esmagam a cabeça dos fracos no pó da terra e tornam a vida dos oprimidos impossível". "Os gritos por justiça continuam ainda hoje", cita o jornal brasileiro.
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