sábado, 3 de novembro de 2012

Conheça uma dieta que não exige que você perca peso (no começo)




Recentemente, um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos decidiu testar uma abordagem alternativa, dando destaque para a manutenção do peso saudável (ao invés de focar apenas no emagrecimento).
Todo ano é a mesma coisa: poucas semanas antes do verão, muita gente decide que vai se alimentar melhor e fazer exercícios para ficar “em forma” e curtir uma praia sem culpa. Apesar do sucesso inicial, com o tempo a motivação diminui, e não é comum que boa parte do peso perdido seja “encontrado” novamente. O que fazer?
“As pessoas chegam realmente motivadas”, conta a pesquisadora Michaela Kiernan, do Centro de Pesquisa de Preservação de Stanford (EUA). A proposta do programa idealizado por Kiernan e seus colegas é “fazer com que elas canalizem essas boas energias para manutenção”.

Estabilidade na balança

Para testar o programa, a equipe reuniu 267 voluntárias de 21 anos ou mais, com sobrepeso ou obesas. Elas foram divididas em dois grupos: “manutenção primeiro” e “perda de peso primeiro”. Ambos se reuniram durante 28 semanas, mas com propostas diferentes nos 8 primeiros encontros: o primeiro grupo aprendeu técnicas para não ganhar peso, e o segundo, técnicas para emagrecer.
Além disso, o grupo de manutenção passou por alguns experimentos – houve uma semana em que os participantes fingiram estar “de férias” e comeram cinco refeições altamente calóricas – para exercitar as técnicas que aprenderam, como alterar a dieta ou seus níveis de atividade conforme a demanda, mas sem se preocupar em anotar tudo (o que Kiernan chama de “consciência relaxada”).
Ao final do programa, as participantes de ambos os grupos conseguiram perder aproximadamente o mesmo peso (cerca de 8 kg, ou em torno de 9% de seu peso inicial). Um ano mais tarde, os pesquisadores procuraram novamente as voluntárias, e descobriram que aquelas do grupo “manutenção primeiro” ganharam em média apenas 1,3 kg, enquanto as demais ganharam em torno de 3,2 kg.
“Eu acho que isso apenas abre o leque de alternativas que as pessoas têm”, diz Kiernan, que pretende conduzir estudos similares com homens e com mulheres em situações mais variadas.
Para o psicólogo social Paul Fuglestad, da Universidade de Minnesota (EUA), o resultado alcançado pelo primeiro grupo se deve mais ao conteúdo do programa do que à ordem em que as técnicas foram ensinadas. “Acho que ele fez as pessoas ficarem um pouco mais satisfeitas com o processo de manutenção/controle”, opina. “Parece algo mais realista, algo que as pessoas poderiam adotar e continuar seguindo a longo prazo”.[WebMD]

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