A organização racista Ku Klux Klan na Carolina do Norte convocou para dezembro uma marcha para celebrar a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais americanas.
Em sua página na internet, os Leais Cavaleiros Brancos do KKK da Carolina do Norte convocam a marcha para 3 de dezembro.
"Desfile Klan pela vitória em 3 de dezembro de 2016 na Carolina do Norte", anuncia a página.
"A raça de Trump uniu meu povo", acrescenta a convocação, acompanhada de uma ilustração de Trump em uma espécie de efígie, em que ele aparece majestoso, envolto pela legenda "presidente dos Estados Unidos".
Não foram divulgados mais detalhes sobre a caravana e o breve anúncio não informa nem a hora, nem o local da passeata.
Segundo o jornal local The News & Observer, os Leais Cavaleiros Brancos têm sede em Pelham, uma pequena cidade do norte do estado, na fronteira com a Virgínia.
No site, a organização descarta ser um "grupo de ódio", mas diz odiar "algumas coisas que certos grupos fazem contra nossa raça e nossa nação".
"Nosso objetivo é devolver a América à nação cristã branca", reforça a organização. "Isto não significa que queremos que nada de ruim aconteça às raças mais escuras. Simplesmente queremos viver separados delas".
A candidatura de Trump recebeu o apoio oficial do KKK, um apoio do qual sua campanha tentou se desligar nos meses que antecederam as eleições na terça-feira.
Além disso, em agosto, o supremacista branco e ex-líder nacional do KKK David Duke pediu votos para Trump.
"Se não detivermos a imigração em massa agora, eles serão mais que nós em nossa própria nação. Está acontecendo", disse Duke, em um áudio transmitido em telefonemas automáticos.
A porta-voz da campanha de Trump, Katrina Pierson, disse na ocasião à CNN que a gravação era "absolutamente inquietante".
Ku Klux Klan é o nome com o qual se identificam várias organizações de supremacistas brancos nos Estados Unidos. Eles justificam sua homofobia, anti-semitismo e racismo com passagens da Bíblia.
O grupo surgiu da Guerra da Secessão, quando a escravidão foi abolida, e marcou a história americana com seus frequentes linchamentos de negros no sul. A versão moderna adicionou à sua causa propósitos anti-imigração.
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