Ações Governamentais 2
Ao longo dos anos, o Ministério da Saúde não poupou
esforços na busca por uma solução eficaz contra a dengue.
Em 1996, por exemplo, diante da complexidade do problema,
decidiu rever a estratégia de combate, até então centralizada
na Funasa. Os métodos utilizados resumiam-se ao combate
químico, com baixíssima ou mesmo nenhuma participação
da comunidade, embora esta seja fundamental na eliminação
dos focos do mosquito. Não havia também a devida integração
intersetorial e era pequena a utilização do instrumental
epidemiológico, revelando uma incapacidade para conter um
vetor com altíssima adaptabilidade ao novo ambiente criado
p e l a u r b a n i z a ç ã o a c e l e r a d a e p e l o s n o v o s h á b i t o s d a
população.
No me smo ano, o Mini s t é r io da Saúde lançou o
Programa de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa). Ao invés
do modelo de gestão centralizada e verticalizada, passou a
vigorar a descentralização das ações na área de controle de
endemias, com os repasses de recursos federais diretamente
a estados e municípios. A implantação do PEAa resultou em
um fortalecimento das ações de combate ao vetor, com
significativo aumento dos recursos utilizados para essas
atividades.
No entanto, as ações de prevenção continuaram
centradas quase que exclusivamente nas atividades de campo
com o uso de inseticidas contra o mosquito transmissor da
dengue. E no Brasil, a exemplo de outros países que adotaram
a mesma estratégia, a impossibilidade de erradicação do
mosquito e a necessidade de mobilização social na prevenção
ficaram ainda mais evidentes.
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