domingo, 25 de setembro de 2011

Sente-se, pegue um drink e leia as primeiras impressões do novo "Two and a Half Men" | Blogs POP - TV & Séries

Sente-se, pegue um drink e leia as primeiras impressões do novo “Two and a Half Men”

Uma opinião sincera e livre de spoilers. Será que Ashton Kutcher segurou bem a barra como substituto de Charlie Sheen? Clique no “leia mais” e descubra!

Acaba de estrear nos Estados Unidos a antecipada nona temporada de “Two and a Half Men”, série conhecida pelos que a assistem no SBT como “Dois Homens e Meio” e eleita pelo Blog POP de Séries e TV como uma das dez melhores comédias de todos os tempos. O motivo da expectativa é claro para qualquer pessoa que tenha acessado um site de notícias nos últimos meses: Charlie Sheen, que interpretava o protagonista não menos beberrão que ele próprio, surtou na mídia e foi demitido após blasfemar sua própria equipe de trabalho em diversas entrevistas. Depois de muita especulação, foi decidido que Ashton Kutcher seria o novo homem encarregado de transformar a vida de Alan e Jake em um inferno. O resultado dessa aposta você conhecerá agora.

Porém, antes de explicar os motivos que me levaram à conclusão, tentarei tirar o elefante da sala com uma breve sentença que deve resfriar a cuca de muitos leitores: “Two and a Half Men” continua sendo a mesma comédia de antes, com ou sem Charlie Harper espalhando calcinhas pelos quatro cantos da casa. Com esta observação crucial feita, vamos às justificativas.

O fator primordial para que a fórmula que tornou a “sitcom” um sucesso mundial se mantivesse intacta, é que os roteiristas dos episódios continuam os mesmos. E se pudermos considerar este o primeiro passo, então não é errado dizer que esta renovação já havia corrido uma maratona antes mesmo de começar, uma vez que praticamente todos os envolvidos na produção são os mesmos que gravaram o piloto oito anos atrás. O que mudou foi a capa e não o livro.

O novo “meio”

Cada piada continua milimetricamente precisa, mantendo assim o maior legado da série vivo, que nada mais é do que o timing perfeito do humor. E falando em tempo, ele nunca antes havia sido utilizado com tanta sabedoria.

O bilionário Walden Schmidt, novo protagonista interpretado por Ashton Kutcher, se apresenta com uma calmaria quase inexplicável durante a situação tensa em que surge pela primeira vez. O objetivo dos criadores não era o de explicar como ele seria inserido na trama e sim fazer com que ele conquistasse o público a cada nova frase sem forçar a situação. E isto eles conseguiram com esplendor.

Ainda não dá para saber exatamente “qual é a dele”, mas certamente ele cumprirá a promessa de continuar o trabalho iniciado por Sheen com muita qualidade.

Neste momento você já deve estar pulando de ansiedade pelos capítulos inéditos de “Two and a Half Men”, contudo, também tenho o dever de alertá-lo de que nem tudo neste novo episódio me agradou. Pelo contrário, existe algo que me deixou inquieto.

Cuspindo no prato que comeu

Não vejo problema algum na morte de Charlie Harper e até a encarei como uma saída audaciosa e conveniente para a situação em que a CBS havia se metido. O grande problema foi como a trataram.

Por mais que o personagem estivesse longe de ser um santo, o pessoal que o acompanhou durante quase uma década acabou criando certa afeição por ele. Afinidade por convivência, você sabe como é. No entanto, me senti ligeiramente desrespeitado com o jeito ultrajante como todos encararam sua morte. Algumas das piadas foram tão incondizentes que alguns dos personagens foram desfigurados para que fosse possível fazê-las. Você acha que o sensível Alan Harper não derramaria uma lágrima sequer no velório de seu irmão? É claro que sim.

Contudo, não acredito que existam razões para esperar que isto volte a acontecer. A despedida mal-educada pode ser melhor resumida como uma forma de dar o troco em Sheen publicamente e não uma parte significativa do enredo. Então sinta-se livre de preocupações de que a ingratidão poderá voltar a atacar.

Resumindo…

Sim, o humor continua de primeira qualidade, assim como a atuação de todo o elenco e a progressão do roteiro. O falecimento de Charlie Harper não recebeu o tratamento que merecia, mas todas as atenções agora estão voltadas apenas ao que Ashton Kutcher tem a oferecer e incrementar em “Two and a Half Men” – uma comédia que já havia se consagrado no passado e ainda mostra que sobreviveu a uma grande crise com saúde.

Agora só depende do Walden.

Por Luis Andion


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